domingo, 1 de setembro de 2013

Confira o vídeo do 2° voo de turista que ficou perdido em nuvem no Rio

Do G1 Rio

sudmar parapente acidente segundo voo nuvem (Foto: Glenda Almeida/G1)Sudmar decolou da Pedra Bonita, preparado para gravar sua segunda experiência  (Foto: Glenda Almeida/G1)
Com ar despreocupado, o comerciante Sudmar Franzin fez o seu segundo voo de parapente no Rio na manhã deste sábado (31). No dia 17, ele viveu momentos de pânico durante um voo com um instrutor após ficar "entubado" em uma nuvem durante aproximadamente 4 minutos.
Desta vez, no entanto, Sudmar fez questão de averiguar que todos os procedimentos seriam realizados corretamente. "O voo foi muito bom, muito lindo", disse Sudmar ao chegar na praia de São Conrado, na Zona Sul.
No primeiro voo, o vento era forte e o parapente balançava. Um dos momentos de maior tensão foi quando o instrutor chegou a pedir pra desligar a câmera e rezar uma “Ave Maria”.
sudmar parapente acidente segundo voo celebridade (Foto: Glenda Almeida/G1)Sudmar Franzin faz segundo voo de parapente no 
Rio. (Foto: Glenda Almeida/G1)
Em função do sucesso do vídeo, que teve milhares de acessos na internet, Sudmar se tornou popular. Ao chegar na Pedra Bonita para decolar, turistas que também iam voar pela primeira vez pediam uma foto. Lucas do Carmo, de 22 anos, acabou de chegar de Goiânia para conhecer o Rio pela primeira vez. Ele queria voar neste sábado (31) e disse não se sentir intimidado com o que aconteceu a Sudmar. "Eu sei que o acidente foi uma eventualidade", afirmou Lucas.
Para os turistas que nunca voaram, Sudmar diz que a primeira observação que deve ser feita é à mãe natureza. "Primeiro tem que observar o clima, a mãe natureza", disse Sudmar, que saltou da Pedra Bonita, na Gávea, Zona Sul do Rio, por volta das 11h30h deste sábado.
Com a intenção de sugerir ao turista uma experiência totalmente diferente da primeira, quando o então instrutor Luiz Gonzaga perdeu o controle do parapente e acabou entrando numa nuvem, o vice-presidente do Clube doVoo, Augusto Prates, fez um convite inusitado: será que depois de momentos tão desesperadores Sudmar voaria novamente? "Ele entrou em contato comigo, me convidando, dizendo que aquele dia não tinha sido voo. Como eu sou apaixonado pelo Rio, queria filmá-la de cima novamente".
Sudmar saltou da Pedra Bonita, na Gávea, por volta das 11h30 (Foto: Glenda Almeida / G1)Sudmar saltou da Pedra Bonita, na Gávea, por volta das 11h30 (Foto: Glenda Almeida / G1)
De acordo com o instrutor Marinho, que trabalha fazendo voos há 15 anos, uma decolagem em condições normais duram de 12 a 15 minutos. Quando o vento está muito bom, a duração pode ser maior, por volta de 30 minutos.
O vice-presidente do Clube de Voo Livre, Augusto Prates, afirmou que por dia são realizadas, em média, 60 a 80 decolagens. Segundo ele, nos últimos dias foram feitas reuniões periódicas com os pilotos e voadores, para rediscutirem os precedimentos de segurança e voo, como a melhora na explicação para o aluno e o respeito às regras.
De acordo com a assessoria de imprensa do clube, a pista da Pedra Bonita é a pista onde há o maior número de decolagem no mundo.
Nuvens estavam baixas
No dia do incidente as condições do vento eram boas. Mas as nuvens estavam muito baixas. A orientação para os instrutores era que voassem direto para a praia, onde o céu estava mais limpo. 
No foi o que aconteceu. O instrutor deu voltas em torno da Pedra Bonita. Numa delas, lá no alto, se vê outro instrutor, também desobedecendo as orientações de voar baixo, em direção à praia.
As nuvens baixas não preocupam o instrutor. Pelo contrário. As imagens mostram que Gonzaga solta uma das mãos do comando do parapente para ajustar o capacete. Em seguida, retira também a outra mão para utilizar a câmera de vídeo.
De repente, um susto: os dois vão parar dentro de uma nuvem. “Ele começou a rezar e eu fui ficando calmo ali. Tentando ficar calmo, mas ao mesmo tempo, por dentro, eu estava apavorado, porque eu sabia que ia acontecer o pior. Graças a Deus, não aconteceu”, disse o turista Sudmar.
O instrutor que acompanhava o turista é considerado experiente. Ele tem 15 anos de profissão. Luiz Gonzaga Pereira de Souza foi suspenso temporariamente do clube, terá a licença de voo reavaliada e deve passar por um curso de reciclagem.
Uma lei federal, de 1986, proíbe que os voos duplos sejam vendidos como voos panorâmicos. O Clube São Conrado de Voo Livre nega que cometa essa prática e diz que todos os voos fazem parte de um curso e que cabe ao aluno seguir com o treinamento depois do primeiro salto.

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