Foto de 19 de agosto de 2013 mostra campo de trigo no estado americano de Dakota do Norte.
Um novo tipo de fungo está dizimando populações de salamandras na Holanda em um ritmo alarmante, afirmaram cientistas europeus.
A causa do desaparecimento destes anfíbios de intensas cores amarela e preta, dos quais desde 2010 restam apenas 4% da população original, é um fungo chamado "Batrachochytrium salamandrivorans", informaram cientistas nas Atas da Academia Nacional de Ciência (PNAS, na sigla em inglês).
Este fungo parece estar relacionado com outro, o "Batrachochytrium dendrobatidis", ou BD, acusado de matar mais de 40% das espécies de anfíbios em algumas partes de América Central, Áustria, Europa e América do Norte, dizimando 200 espécies no mundo.
Este fungo - que vive na água ou no solo ou pode ser um parasita - causa uma doença infecciosa chamada quitridiomicose, que afeta os anfíbios e é letal entre algumas rãs.
"Em várias regiões, inclusive no norte da Europa, os anfíbios pareciam capazes de coexistir com o BD", disse à autora do estudo An Martel, da Universidade de Gante na Bélgica.
"Portanto é extremamente preocupante que tenha aparecido um novo fungo que causa mortalidade maciça em regiões onde as populações de anfíbios antes eram saudáveis", acrescentou.
Os cientistas estão averiguando se o novo tipo de fungo chegou ao país vindo do outro lado do mundo.
"Temos que saber se este é o caso, porque é tão virulento e qual será seu impacto nas comunidades de anfíbios em escala local e global", disse o co-autor do estudo, Matthew Fisher, do Imperial College de Londres.
"Segundo mostra nossa experiência com o BD, as doenças por fungos podem se espalhar entre as populações de anfíbios em todo o mundo muito rapidamente. Temos que agir com urgência para determinar que populações estão em perigo e qual é a melhor maneira de protegê-las".
O fungo parece se espalhar entre as salamandras em contato direto, mas não parece infectar os sapos parteiros, vulneráveis à quitridiomicose, disseram os cientistas.
Até agora, o fungo parece limitado à Holanda.
AFP
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