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Foto; Arquivo - Pe. Geovane Saraiva Papa João Paulo II, ao adentrar na Catedral de Brasília, em julho de 1980 |
No testamento, escrito em diferentes etapas durante os Exercícios Espirituais no Vaticano, João Paulo II pediu aos que poderiam ser considerados seus herdeiros: “Que as anotações pessoais sejam queimadas”. O pedido era dirigido ao seu secretário pessoal Stanislaw Dziwisz: “Peço que isso fique sob a responsabilidade de dom Stanislaw, a quem agradeço pela colaboração e a ajuda tão prolongada nos anos e tão compreensiva”.
Pouco depois dos funerais do Papa polonês, perguntamos ao futuro arcebispo de Cracóvia porque não o fez. O sucessor de Wojtyla respondeu: “porque esses papéis têm uma relevância histórica”. Agora, de Cracóvia, chega a notícia de que no próximo dia 05 de fevereiro sairá o livro intitulado ´Estou nas mãos de Deus´. Anotações pessoais 1962-2003). Como revela a Editora Znak, o leitor encontrará nele “as mais importantes perguntas íntimas e profundas, comovedoras meditações e orações que marcavam seu tempo dia a dia”, assim como “anotações que testemunham sua preocupação com os seus entes queridos (amigos e colaboradores) e com a Igreja que lhe havia sido encomendada”.
As anotações, acrescenta a agência Kai, “convertem-se agora no principal documento no processo de canonização”. E cita o próprio cardeal Dziwisz: “Não, não queimei as anotações de João Paulo II porque constituem a chave de leitura da sua espiritualidade, a parte mais íntima do homem: suas relações com Deus, com o outro e consigo mesmo”. O editor, por sua vez, confessa que se sente honrado e promete uma edição muito boa qualidade.
Vatican Insider, 17-01-2014
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