domingo, 19 de janeiro de 2014

As anotações pessoais de Wojtyla são recopiladas em livro

Foto; Arquivo - Pe. Geovane Saraiva
Papa João Paulo II, ao adentrar
na Catedral de Brasília, em julho de 1980

No testamento, escrito em diferentes etapas durante os Exercícios Espirituais no Vaticano, João Paulo II pediu aos que poderiam ser considerados seus herdeiros: “Que as anotações pessoais sejam queimadas”. O pedido era dirigido ao seu secretário pessoal Stanislaw Dziwisz: “Peço que isso fique sob a responsabilidade de dom Stanislaw, a quem agradeço pela colaboração e a ajuda tão prolongada nos anos e tão compreensiva”.

Pouco depois dos funerais do Papa polonês, perguntamos ao futuro arcebispo de Cracóvia porque não o fez. O sucessor de Wojtyla respondeu: “porque esses papéis têm uma relevância histórica”. Agora, de Cracóvia, chega a notícia de que no próximo dia 05 de fevereiro sairá o livro intitulado ´Estou nas mãos de Deus´. Anotações pessoais 1962-2003). Como revela a Editora Znak, o leitor encontrará nele “as mais importantes perguntas íntimas e profundas, comovedoras meditações e orações que marcavam seu tempo dia a dia”, assim como “anotações que testemunham sua preocupação com os seus entes queridos (amigos e colaboradores) e com a Igreja que lhe havia sido encomendada”.

As anotações, acrescenta a agência Kai, “convertem-se agora no principal documento no processo de canonização”. E cita o próprio cardeal Dziwisz: “Não, não queimei as anotações de João Paulo II porque constituem a chave de leitura da sua espiritualidade, a parte mais íntima do homem: suas relações com Deus, com o outro e consigo mesmo”. O editor, por sua vez, confessa que se sente honrado e promete uma edição muito boa qualidade.

Vatican Insider, 17-01-2014

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