terça-feira, 29 de abril de 2014

Greenwashing

Marcus Eduardo de Oliveira

Imaginemos a seguinte situação: uma empresa tenta, de todos os modos possíveis, passar ao público e, em especial, ao mercado, uma imagem de que pratica, de forma correta, os princípios norteadores da sustentabilidade.

Usa então, de forma enganosa, uma jogada de publicidade, “vendendo” a ideia de que age dentro dos princípios ditos ecologicamente corretos.

É a esse artíficio – tacanho e mentiroso - que dá-se o nome de greenwashing – em português, ecobranqueamento ou branqueamento ecológico.

Uma ação (ou por parte de empresas, organizações ou mesmo governos) só é considerada greenwashing quando aquilo que é divulgado não condiz com a realidade.

De acordo com o Guia da Sustentabilidade, entre os maiores pecados cometidos pelos praticantes de greenwashing está o culto aos falsos rótulos, a incerteza e a falta de provas daquilo que eles afirmam fazer.

Artigo publicado pela conceituada revista Scientific American aponta a indústria de automóveis como uma das maiores praticantes do greenwashing. Exemplo: os carros de última geração, movidos a hidrogênio. Os comerciais das montadoras parecem preparar os consumidores para a introdução dos novos modelos; porém, de forma bastante enganosa, conforme apontado pela referenciada publicação.
Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO, em São Paulo | prof.marcuseduardo@bol.com.br

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