Fingoé tem uma população de 20 mil habitantes. Nesta região os missionários encontraram uma realidade muito complexa. Existem três centros - Fingoé, Unkanha e Malowera - bastante distantes entre si, à volta dos quais existem diversas aldeias que do ponto de vista sócioreligioso apresentam características próprias. Os católicos são poucos e abundam as igrejas pentecostais e seitas. Em Malowera existem grupos de católicos que durante a guerra civil fugiram para a Zâmbia e que nos últimos anos regressaram a Moçambique.
Na novíssima paróquia de Fingoé, estão três missionários: um italiano, um tanzaniano e um colombiano. O italiano Franco Gioda, tem já 75 anos e é um paradigma do que é um missionário. Atravessou a guerra com todas as dificuldades e com toda a entrega. Hoje, vive numa palhota com os outros dois jovens missionários, Eduardo Reyes e Jacinto Mwallongo, porque é assim mesmo que querem começar. O banho, tomam-no fora, entre paredes de caniço sem teto.
A pobreza de meios não os intimida nem os demove de retomar a primeira evangelização desta terra há tantos anos condenada ao abandono pelas vicissitudes da independência e da guerra. Durante os últimos meses percorreram as aldeias da região ao encontro dos católicos dispersos para tentar reorganizar a atividade pastoral. Já iniciaram o trabalho de formação dos catequistas e dos responsáveis dos diferentes ministérios. A pouco e pouco estão a reacender a chama da evangelização em terras da Marávia.
Passados 90 anos da chegada a Moçambique, os Missionários da Consolata, concretizam esta nova fundação missionária seguindo as pegadas dos seus predecessores, que já haviam trabalhado nesta região entre 1926 e 1933. O objetivo é continuarem a ser uma presença missionária significativa no meio do povo e ao serviço da Igreja local.
Fonte: www.fatimamissionaria.pt
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