Padre Geovane Saraiva*
Tendo Paulo como exemplo e referência de vida, somos convidados pelo mesmo Deus que entrou em cheio na vida do mestre das nações, a construir e edificar o reino, mesmo com os nossos pecados. As fontes, nas quais devemos buscar forças para fecundar nossa vida, são a Palavra de Deus e a Eucaristia. E por falar em Eucaristia, é nosso dever saber sempre mais, que a mesma está em união, em um mistério indizível, com Cristo Deus e Homem e quão enorme deve ser nosso amor, respeito e devoção com Esse sacramento; sem esquecer jamais que “quem comer deste pão viverá eternamente e ressuscitará gloriosamente no último dia” (cf. Jo 6, 54).
O Papa Francisco, nas suas celebrações eucarísticas matinais, como ajuda a humanidade a entrar em um clima de fé e esperança sempre maior, só para ser mais concreto, aos 06/08/2014, expressou-se assim: “Na Eucaristia comunica-se o amor do Senhor por nós: um amor tão grandioso que nos nutre com Ele mesmo; um Amor gratuito, sempre à disposição de cada pessoa faminta e necessitada de regenerar as próprias forças. Viver a experiência da fé significa deixar-se alimentar pelo Senhor e construir a própria existência não sobre os bens materiais, mas sobre a realidade que não perece; os dons de Deus, a sua Palavra e o seu Corpo”.
Como aprender da Eucaristia, sacramento divino? Temos o dogma da transubstanciação, no qual se fundamenta todo o edifício eucarístico, como sacrifício do Cordeiro de Deus, também como sacramento. É importante que fique sempre claro que a substância do pão no corpo de Jesus e do vinho no mesmo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo permanecem inalteradas nas espécies do pão e do vinho. Ora, devemos de modo sobrenatural, transformar-nos em Cristo como o pão se transforma no corpo de Cristo e o vinho no Seu sangue. É com enorme sabedoria que o Cardeal Aloísio Lorscheider explica: “Transformar-nos em Cristo como o pão se transforma no corpo de Cristo e o vinho no Seu sangue. E disse mais: Essa transformação deve, sobretudo, ser interna, uma vez que as espécies se conservam inalteradas. É o íntimo que deve tornar-se outro”. O Deus que nos ama de modo incondicional, e que demonstrou esse imenso amor para conosco, ao enviar o seu Filho Unigênito, encarnado no seio da boa mãe Maria, quer nosso reconhecimento alegre e agradecido, pelo dom da palavra de Deus e da Eucaristia, traduzidos em gestos fraternos e solidários.
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, colunista, blogueiro,
membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras
dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência
Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com
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