22/10/2014 | domtotal.com
Início forte do período chuvoso de 2014 melhora não apenas a vegetação no Oriente Médio.
Por Richard Furst*
Jerusalém - A primeira chuva abrindo a estação finalmente desceu a Jerusalém e, com as fortes gotas, veio o clima frio. Talvez era pra cidade ficar mais triste com as temperaturas baixando a cada momento, mas, em uma região quase desértica, o sentimento é outro.
Sobre as ruas molhadas na cidade santa, há vídeos na internet, textos por toda parte e até noticias em jornais. O olhar de cada um pra chuva e o esquecimento por alguns instantes de tudo que perturba valem a pena.
Eu me lembrei do ano passado, durante a nevasca do século, quando cidades palestinas e israelenses ficaram cobertas de branco. Os problemas se tornaram outros: falta de eletricidade, locomoção e achar uma maneira de se esquentar.
Agora, olhando pata os parques da cidade, a grama está mais verde e as árvores ganharam ainda mais vida. Até os turistas que começam a voltar aos poucos trazem um sorriso ainda desconfiado, porém tomado pela atmosfera que Jerusalém vive, mesmo com suásticas pinchadas em mesquitas, um reflexo do conflito israelense-palestino.
No mercado, os frutos estão mais vistosos. As romãs, então, parecem que vão se estourar de tão grandes e redondas. O curioso é que a importância da romã é milenar, ela aparece em todo lado nos textos bíblicos e os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade.
Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo (estamos nos primeiros dias do ano novo judaico de 5775). Parece que um mundo está nascendo junto com os novos raminhos verdes que, daqui a pouco, serão cobertos de neve.
Por mais que só pareça, é bom ter este sentimento, nem que seja durante a chuva.
Jerusalém - A primeira chuva abrindo a estação finalmente desceu a Jerusalém e, com as fortes gotas, veio o clima frio. Talvez era pra cidade ficar mais triste com as temperaturas baixando a cada momento, mas, em uma região quase desértica, o sentimento é outro.
Sobre as ruas molhadas na cidade santa, há vídeos na internet, textos por toda parte e até noticias em jornais. O olhar de cada um pra chuva e o esquecimento por alguns instantes de tudo que perturba valem a pena.
Eu me lembrei do ano passado, durante a nevasca do século, quando cidades palestinas e israelenses ficaram cobertas de branco. Os problemas se tornaram outros: falta de eletricidade, locomoção e achar uma maneira de se esquentar.
Agora, olhando pata os parques da cidade, a grama está mais verde e as árvores ganharam ainda mais vida. Até os turistas que começam a voltar aos poucos trazem um sorriso ainda desconfiado, porém tomado pela atmosfera que Jerusalém vive, mesmo com suásticas pinchadas em mesquitas, um reflexo do conflito israelense-palestino.
No mercado, os frutos estão mais vistosos. As romãs, então, parecem que vão se estourar de tão grandes e redondas. O curioso é que a importância da romã é milenar, ela aparece em todo lado nos textos bíblicos e os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade.
Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo (estamos nos primeiros dias do ano novo judaico de 5775). Parece que um mundo está nascendo junto com os novos raminhos verdes que, daqui a pouco, serão cobertos de neve.
Por mais que só pareça, é bom ter este sentimento, nem que seja durante a chuva.
*Richard Furst é jornalista e mora em Jerusalém.
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