13/10/2014 | domtotal.com
Em tempos de disputa eleitoral, as pessoas não conseguem conversar sobre suas diferenças com gentileza.
Por Ricardo Soares*
Meu coração tem amanhecido todos os dias pegando fogo por esse debate eleitoral na reta de chegada. Não o considero inócuo. Não acho que seja estéril porque estão bem postos dois projetos diferentes de conduzir o país que devem ser debatidos. Não vou usar o espaço que gentilmente me cederam aqui para fazer proselitismo a favor da candidatura que considero melhor. Só quero lamentar, que no meio desse tiroteio todo, o bom humor tenha se esvaído. As pessoas não conseguem conversar sobre suas diferenças com gentileza. Tudo é levado a ferro e fogo. Mesmo pequenos deslizes.
Faço um mea culpa. No meu Facebook mesmo, outro dia postei, na correria leviana, que é muitas vezes essa rede social, uma foto do candidato Aécio, que estaria alcoolizado dançando com uma perversa em uma balada. Era uma evidente fotomontagem e, assim que percebi o erro, tirei a postagem, não antes sem tomar uma descompostura mal humorada de um jornalista conhecido a quem respeito como profissional, mas não como "pensador". Ele me deletou de sua rede. Ok, direito dele. Mas vamos endurecer sem perder a ternura. Ou será que o jornalista é tão "reaça" assim que nem permite que se faça uma alusão à famosa frase do Che Guevara?
São tempos estranhos. Violentos, bicudos, intolerantes. Já não bastasse termos que viver essa tremenda tsunami conservadora que desqualifica todas as conquistas sociais que tivemos e ela ainda vem embutida de mau humor? Ora, façam-me o favor. Quero conversar com meus amigos sobre divergências com um sorriso no rosto numa mesa de bar. Rindo das minhas ironias e das ironias alheias. Sem adagas e armas em punho.
Não quero ver meu país se transformando num enorme estado de São Paulo, pedagiado, inseguro, intolerante, preconceituoso e racista. Cheio de ódio de classes. Com as "gentes" enfiadas em shopping centers ordenhando o "deus-consumo" e respirando o bafo quente das comidas requentadas das praças de alimentação. Isso não é civilização. É uma falência, uma falácia. Representada por esses cavalheiros tristemente risonhos das camisas azuis claras que nos vendem um país que eles remendam. Governando para os seus, não para os nossos. Eles não se emendam e nem eu que prometi não defender a minha causa mas a defendi aqui. Boa sorte para todos nós e nossas incoerências.
Meu coração tem amanhecido todos os dias pegando fogo por esse debate eleitoral na reta de chegada. Não o considero inócuo. Não acho que seja estéril porque estão bem postos dois projetos diferentes de conduzir o país que devem ser debatidos. Não vou usar o espaço que gentilmente me cederam aqui para fazer proselitismo a favor da candidatura que considero melhor. Só quero lamentar, que no meio desse tiroteio todo, o bom humor tenha se esvaído. As pessoas não conseguem conversar sobre suas diferenças com gentileza. Tudo é levado a ferro e fogo. Mesmo pequenos deslizes.
Faço um mea culpa. No meu Facebook mesmo, outro dia postei, na correria leviana, que é muitas vezes essa rede social, uma foto do candidato Aécio, que estaria alcoolizado dançando com uma perversa em uma balada. Era uma evidente fotomontagem e, assim que percebi o erro, tirei a postagem, não antes sem tomar uma descompostura mal humorada de um jornalista conhecido a quem respeito como profissional, mas não como "pensador". Ele me deletou de sua rede. Ok, direito dele. Mas vamos endurecer sem perder a ternura. Ou será que o jornalista é tão "reaça" assim que nem permite que se faça uma alusão à famosa frase do Che Guevara?
São tempos estranhos. Violentos, bicudos, intolerantes. Já não bastasse termos que viver essa tremenda tsunami conservadora que desqualifica todas as conquistas sociais que tivemos e ela ainda vem embutida de mau humor? Ora, façam-me o favor. Quero conversar com meus amigos sobre divergências com um sorriso no rosto numa mesa de bar. Rindo das minhas ironias e das ironias alheias. Sem adagas e armas em punho.
Não quero ver meu país se transformando num enorme estado de São Paulo, pedagiado, inseguro, intolerante, preconceituoso e racista. Cheio de ódio de classes. Com as "gentes" enfiadas em shopping centers ordenhando o "deus-consumo" e respirando o bafo quente das comidas requentadas das praças de alimentação. Isso não é civilização. É uma falência, uma falácia. Representada por esses cavalheiros tristemente risonhos das camisas azuis claras que nos vendem um país que eles remendam. Governando para os seus, não para os nossos. Eles não se emendam e nem eu que prometi não defender a minha causa mas a defendi aqui. Boa sorte para todos nós e nossas incoerências.
*Ricardo Soares é diretor de TV, escritor, roteirista e jornalista. Titular do blog Todo Prosa (www.todoprosa.blogspot.com) e autor, entre outros, dos livros Cinevertigem, Valentão e Falta de Ar. Atualmente diretor de Conteúdo e programação da EBC- Empresa Brasil de Comunicação.
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