quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Papa recebe a presidente das Avós da Praça de Maio

 05/11/2014 16h47

Encontro foi feito a convite do Papa, diz presidente da associação.

Estella de Carlotto reencontrou seu neto depois de 36 anos.

Da AFP
Papa Francisco e Estella de Carlotto, presidente da associação "Avós da Praça de Maio" se encontraram nesta quarta-feira (5) no Vaticano (Foto: AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO)Papa Francisco e Estella de Carlotto, presidente da associação "Avós da Praça de Maio" se encontraram nesta quarta-feira (5) no Vaticano (Foto: AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO)
O Papa Francisco recebeu nesta quarta-feira (5) a presidente da associação argentina "Avós da Praça de Maio", Estella de Carlotto, que reencontrou recentemente seu neto sequestrado há 36 anos pelos militares argentinos.
"Será um encontro muito comovente e profundo. Viemos a convite do Papa", declarou Estella antes da reunião.
Segundo vaticanistas, com este gesto, o Papa demonstra seu reconhecimento do combate das "Avós e Mães da Praça de Maio", que lutam incansavelmente desde a ditadura argentina (1976-1983) para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com seus filhos e netos.
A filha de Estella, Laura, deu à luz quando estava detida pelos militares. A criança foi levada logo após seu nascimento e Laura nunca mais foi vista, assim como os milhares de outros "desaparecidos" da ditadura.
Após anunciado o encontro entre o neto sumido por 36 anos e a presidente da organização Avós da Praça de Maio, que busca crianças desaparecidas na ditadura argentina, Ignacio Hurban publicou uma foto dos dois com a legenda: 'Obrigado, muito obrigado' (Foto: Reprodução/Twitter/@IgnacioHurban)Ignacio Hurban publicou uma foto com sua avó
Estella e a legenda: 'Obrigado, muito obrigado'
(Foto: Reprodução/Twitter/@IgnacioHurban)
"A emoção do encontro com meu neto teve um impacto nacional e internacional", lembrou a avó, de 84 anos, e que abraçou em agosto pela primeira vez seu neto, Ignacio Guido Montoya Carlotto, um músico de 36 anos.
Cerca de 500 bebês nasceram nos centros de detenção da ditadura argentina antes de serem retirados de suas mães e dados à famílias próximas de militares.
Entre eles, 115 foram identificados graças ao trabalho das Avós da Praça de Maio.
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