26/12/2014 | domtotal.com
De coração, desejo a você um 2015 absolutamente fantástico, porque a vida é generosa, quer a gente perceba ou não.
Por Max Velati*
Espero que o seu Natal tenha sido um sucesso. Desejo que ainda paire na casa o clima de compreensão e generosidade e que a árvore enfeitada no canto ainda exale um perfume de paz e bem aventurança. Aproveitando estas condições tão favoráveis, pegue papel e caneta e vamos trabalhar nas resoluções de Ano Novo.
Há uma evidência histórica que confirma o dia primeiro de janeiro como início ritual de um novo ciclo. Nos tempos da Babilônia o ano começava e março e parece que foi o Imperador Júlio César o primeiro a impor o início do ano em janeiro, mês da divindade Janus, o deus de duas caras - passado e futuro -, guardião de portais, portas e pontes e por isso um símbolo perfeito para as grandes transições.
Sou um veterano autor de resoluções de Ano Novo e descobri recentemente que um estudo realizado nos EUA mostra que 54% das resoluções são abandonadas antes de seis meses. Confirmo a minha culpa nesta estatística, mas como veterano aprendi a escapar das armadilhas mais comuns que impedem o sucesso da maioria dos compromissos.
A primeira armadilha a ser evitada é a tendência de colocar no papel decisões virtuosas, mas absolutamente irreais. Com a idade, entendi que a celebração do Ano Novo, recomeço, novo ciclo, coisa e tal, acaba nos levando a “querer” mudanças. O problema é que o “desejo” de mudar vai se desgastando nas lidas do cotidiano. A experiência me ensinou que para melhorar as minhas chances preciso usar outros recursos além da simples força de vontade. Criei então sistemas inteligentes de punições-recompensas e controle de estímulos no sistema clássico de se A me faz querer B, evito A.
Aprendi com os anos que as resoluções devem ser específicas e mensuráveis. De nada adianta assumir o compromisso de ser “rico” e “feliz” se não sei exatamente o que isto quer dizer em termos práticos e valores precisos. Também descobri que desejar mudanças e ter objetivos não é suficiente. É preciso sobretudo, traçar planos realistas para alcançar os objetivos. Se eu não sei o que é uma “blue chip” e não sei diferenciar uma ação PNA de um diploma de datilografia, então tenho que abandonar de vez a ideia de ficar rico investindo no mercado financeiro.
Listas negativas também são uma boa ideia. Em lugar de listar aquilo que quero “ser e fazer”, posso organizar tudo em termos daquilo que “não serei ou farei mais”. Evitar o que já conhecemos como maléfico é mais fácil do que conquistar virtuosamente os novos territórios do nosso desejo.
Aprendi também que é essencial colocar na lista ações em defesa da Natureza em geral e da água em particular. As razões são óbvias e se todo mundo fizer um pouco o mundo muda muito.
Outro truque é começar com coisas simples, resoluções relativamente fáceis. Sempre começo assumindo o compromisso de não me suicidar ao longo do ano e tenho cumprido ao pé da letra. Também me comprometo a ler sempre os manuais dos aparelhos eletrônicos antes de ligá-los na tomada. Para 2015 coloquei em destaque a promessa de usar mais a imaginação e escrevi em negrito que este ano vou entender de uma vez por todas que a palavra resolução significa “o ato ou efeito de resolver”.
De coração desejo a você um 2015 absolutamente fantástico, porque a vida é generosa quer a gente perceba ou não e ser feliz também é uma questão de resolução.
Feliz 2015!
Espero que o seu Natal tenha sido um sucesso. Desejo que ainda paire na casa o clima de compreensão e generosidade e que a árvore enfeitada no canto ainda exale um perfume de paz e bem aventurança. Aproveitando estas condições tão favoráveis, pegue papel e caneta e vamos trabalhar nas resoluções de Ano Novo.
Há uma evidência histórica que confirma o dia primeiro de janeiro como início ritual de um novo ciclo. Nos tempos da Babilônia o ano começava e março e parece que foi o Imperador Júlio César o primeiro a impor o início do ano em janeiro, mês da divindade Janus, o deus de duas caras - passado e futuro -, guardião de portais, portas e pontes e por isso um símbolo perfeito para as grandes transições.
Sou um veterano autor de resoluções de Ano Novo e descobri recentemente que um estudo realizado nos EUA mostra que 54% das resoluções são abandonadas antes de seis meses. Confirmo a minha culpa nesta estatística, mas como veterano aprendi a escapar das armadilhas mais comuns que impedem o sucesso da maioria dos compromissos.
A primeira armadilha a ser evitada é a tendência de colocar no papel decisões virtuosas, mas absolutamente irreais. Com a idade, entendi que a celebração do Ano Novo, recomeço, novo ciclo, coisa e tal, acaba nos levando a “querer” mudanças. O problema é que o “desejo” de mudar vai se desgastando nas lidas do cotidiano. A experiência me ensinou que para melhorar as minhas chances preciso usar outros recursos além da simples força de vontade. Criei então sistemas inteligentes de punições-recompensas e controle de estímulos no sistema clássico de se A me faz querer B, evito A.
Aprendi com os anos que as resoluções devem ser específicas e mensuráveis. De nada adianta assumir o compromisso de ser “rico” e “feliz” se não sei exatamente o que isto quer dizer em termos práticos e valores precisos. Também descobri que desejar mudanças e ter objetivos não é suficiente. É preciso sobretudo, traçar planos realistas para alcançar os objetivos. Se eu não sei o que é uma “blue chip” e não sei diferenciar uma ação PNA de um diploma de datilografia, então tenho que abandonar de vez a ideia de ficar rico investindo no mercado financeiro.
Listas negativas também são uma boa ideia. Em lugar de listar aquilo que quero “ser e fazer”, posso organizar tudo em termos daquilo que “não serei ou farei mais”. Evitar o que já conhecemos como maléfico é mais fácil do que conquistar virtuosamente os novos territórios do nosso desejo.
Aprendi também que é essencial colocar na lista ações em defesa da Natureza em geral e da água em particular. As razões são óbvias e se todo mundo fizer um pouco o mundo muda muito.
Outro truque é começar com coisas simples, resoluções relativamente fáceis. Sempre começo assumindo o compromisso de não me suicidar ao longo do ano e tenho cumprido ao pé da letra. Também me comprometo a ler sempre os manuais dos aparelhos eletrônicos antes de ligá-los na tomada. Para 2015 coloquei em destaque a promessa de usar mais a imaginação e escrevi em negrito que este ano vou entender de uma vez por todas que a palavra resolução significa “o ato ou efeito de resolver”.
De coração desejo a você um 2015 absolutamente fantástico, porque a vida é generosa quer a gente perceba ou não e ser feliz também é uma questão de resolução.
Feliz 2015!
*Max Velati trabalhou muitos anos em Publicidade, Jornalismo e publicou sob pseudônimos uma dezena de livros sobre Filosofia e História para o público juvenil. Atualmente, além da literatura, é chargista de Economia da Folha de S. Paulo.
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