quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Ancestral do porquinho-da-Índia pesava 1 t

Fósseis de maior roedor conhecido foi encontrado em 2007 no Uruguai.

O maior roedor conhecido que viveu há três milhões de anos, batizado de Josephoartigasia monesi, tinha uma mandíbula com dentes frontais muito longos e com a força da um tigre, tinha o tamanho de um búfalo e pesava cerca de uma tonelada, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (4).

Uma equipe de pesquisadores britânicos e uruguaios analisou as características de um crânio do animal descoberto no Uruguai em 2007 e, mediante simulações de computador, estabeleceu em 1,4 mil Newton a força de sua mordida.

Os resultados da análise, que foram publicados na revista “Journal of Anatomy”, sugerem que o roedor utilizava esses dentes de 30 centímetros não só para comer, mas também para desenterrar alimentos e se defender, da mesma forma que fazem os elefantes.

Os modelos informáticos do Josephoartigasia monesi, que acredita-se que viveu no plioceno (entre 5 milhões e 2 milhões de anos atrás) onde atualmente está o Uruguai, confirmam que este parente do porquinho-da-índia e da pacarana tinha o tamanho de um búfalo e pesava em torno de uma tonelada.

Segundo o estudo divulgado hoje, embora a força da mordida do animal fosse equivalente à de um tigre, seus longos incisivos podiam suportar pressões três vezes maiores. Na época em que viveu na América do Sul, há entre dois e quatro milhões de anos, proliferavam os mamíferos de grande tamanho, como os primeiros mamutes.

Para analisar como funcionava a mandíbula do maior roedor conhecido, os cientistas fizeram um scanner do crânio incompleto achado no Uruguai e o reconstruíram informaticamente. Depois mediram a força da mandíbula com um programa que avalia as pressões em objetos complexos.

“Chegamos à conclusão de que o Josephoartigasia monesi utilizava seus incisivos para outras atividades além de morder, como escavar para buscar alimentos e para se defender dos depredadores’, declarou o diretor do estudo, Philip Cox, anatomista na universidade inglesa de York. “Isto seria similar a como um elefante moderno age”, especificou.
Ambiente Brasil

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