20 novos cardeais, incluindo D. Manuel Clemente, vão receber barrete vermelho, anel e bula de nomeação
Cidade do Vaticano, 12 fev 2015 (Ecclesia) - O Vaticano divulgou hoje o livrete da celebração do consistório público para a criação de 20 cardeais, incluindo o patriarca de Lisboa, que vai decorrer este sábado, a partir das 11h00 locais (10h00 em Lisboa).
A celebração na Basílica de São Pedro começa com um momento de oração em silêncio, do Papa, diante do altar da Confissão, sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, seguido-se uma saudação do primeiro dos novos cardeais, D. Dominique Mamberti, em nome de todos os presentes, antes de uma oração proferida por Francisco, a leitura do Evangelho e a homilia.
Após esta intervenção, o Papa vai ler a fórmula de criação e proclama em latim os nomes dos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito” à sua missão.
Depois tem lugar a profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, de fidelidade e obediência ao Papa e seus sucessores.
Cada um dos novos cardeais ajoelha-se, depois, para receber o barrete cardinalício, de acordo com a ordem de criação: D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, será o segundo.
O Papa entrega ainda um anel aos cardeais para que se “reforce o amor pela Igreja”, seguindo-se a atribuição a cada cardeal uma igreja de Roma – que simboliza a “participação na solicitude pastoral do Papa” na cidade -, bem como a entrega da bula de criação cardinalícia, momento selado por um abraço de paz.
No anel cardinalício são evocadas as colunas da Basílica de São Pedro, a cruz e os apóstolos Pedro e Paulo.
Cada cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.
No final da cerimónia, que tem um rito próprio diferente da celebração da Missa, a reunião de cardeais vai proceder à votação de três causas de canonização, relativas às beatas Jeanne Émilie de Villeneuve (França, 1811-1854), Maria de Jesus crucificado (Palestina, 1846-1878) e Maria Alfonsina Danil Ghattas (Palestina, 1843-1927.
Ainda no sábado, vão ter lugar as sessões de cumprimentos aos novos cardeais, no Vaticano.
A chamada ‘visita de cortesia’ vai decorrer entre as 16h30 e as 18h30 de Roma (menos uma em Lisboa) e no caso do cardeal português terá lugar no átrio da sala de audiências Paulo VI, junto à Basílica de São Pedro.
Na mesma sala vai acontecer a sessão do cardeal cabo-verdiano D. Arlindo Gomes Furtado; D. Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai (Moçambique) vai receber os cumprimentos de todos os que o desejarem fazer na sala ducal do Palácio Apostólico.
Entre os 20 novos cardeais constam os dois membros mais jovens do Colégio Cardinalício: D. Soane Patita Paini Mafi, bispo de Tonga, com 53 anos de idade, e D. Daniel Fernando Sturla Berhouet, arcebispo de Montevideu (Uruguai), de 55 anos.
A idade média dos 15 cardeais eleitores nomeados pelo Papa é de 67,3 anos.
De acordo com os dados revelados pelo Patriarcado de Lisboa (um dos dois patriarcados ocidentais da Igreja Católica), Portugal teve até hoje com 43 cardeais, a começar pelo chamado Mestre Gil, escolhido pelo Papa Urbano IV (1195- 1264)
OC
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