sexta-feira, 13 de março de 2015

Fotografia e natureza digitalizadas

Nesta exposição, a máquina digital é o instrumento comum dos artistas.

Da Redação
Da mesma forma que o lápis, pincel, metal e inúmeros materiais sempre redescobertos ou criados na contemporaneidade das artes plásticas, a máquina digital é o instrumento em comum que os participantes da exposição coletiva ‘Fotografia e Natureza’ escolheram como meio de expressão.
Segundo a curadora Marília Andrés Ribeiro, foi seguida uma linha de reflexão mostrando que os quatro elementos (terra, água, fogo e ar) aparecem registrados através da lente fotográfica, no trabalho de cada um. O quinto elemento, o éter, cria uma unidade nesta integração artística, simbolicamente percebida como uma mandala.
A curadora fala do Instituto Maria Helena Andrés, proponente da mostra que será inaugurada neste sábado (14),  e  que, com  um novo direcionamento,  vai ao encontro da investigação da arte contemporânea e de tópicos como pesquisa, catalogação, divulgação da obra do artista, entre outros.
Os participantes do evento convidam o público a compartilhar desta experiência com a “fotografia expandida” e a possibilidade de discutir questões presentes como arte, natureza, corpo e cuidados com meio ambiente.
Participam do evento os artistas Eymard Brandão, Jayme Reis, Maria Helena Andrés e Pedro Ariza Gonzàlez. Eymard Brandão fala sobre sua participação na exposição:
“O desenho, a pintura e formas tridimensionais, se integram ao campo da fotografia nos trabalhos que realizo atualmente. Observo, então, máquinas diversas escavarem ruidosamente o solo em diferentes camadas, montanhas ou estradas.
Depois deste construir e destruir, terras e minérios repousam em transformações. Com a câmera digital, garimpo detalhes nestes cenários que, excluídos do todo, assumem identidade própria como tema em meu pessoal fazer artístico.
Já em caminhos do universo urbano, visito também cores, formas e símbolos, redescobrindo anonimatos. Neste processo, pigmentos da terra e resíduos industriais, por exemplo, são transformados em matéria-prima utilizada na pintura em um campo ampliado e integrada muitas vezes ao processo fotográfico.
Na maioria destes trabalhos predomina a ausência de títulos, para deixar o observador livre de rótulos, encontrando o que as palavras não sabem falar.
Neste lidar estético, o desenho está sempre presente, de forma implícita ou não, como um fio condutor. Reinauguro então novas poéticas, com o meu e o nosso olhar. Da terra e da pedra ao pó”.
Serviço
Exposição: Fotografia e natureza
Abertura: 14 de março (sábado), às 11h. Vai até 11 de abril.
Visitas: Segunda a sexta, de 10h às 18h; sábado, de 11h às 14h
Local: Lemos de Sá Galeria de Arte
Endereço: Av. Canadá, 147, Jardim Canadá – Nova Lima – Tel: (31) 3261-3993

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