domingo, 14 de junho de 2015

G1 salta de bungee jump no 1º lugar a explorar comercialmente o esporte

Salto ocorreu sobre o Rio Kawarau, em Queenstown, na Nova Zelândia.
Ponte tem 43 metros de altura; vídeo mostra ação.

Juliana CardilliDo G1, em Queenstown - a repórter viajou a convite da Tourism New Zeland

Uma ponte sobre um rio de águas verdes em meio a montanhas com as cores do outono. A paisagem convida ao relaxamento, mas na Nova Zelândia representa exatamente o oposto: é a sede do primeiro local a oferecer saltos de bungee jump de maneira comercial no mundo. Foi lá, de uma altura de 43 metros, que a reportagem do G1 saltou – o vídeo acima mostra toda a ação.
O bungee jump (bungy jumping, de acordo com a grafia e pronúncia dos neozelandeses) é a atividade que colocou o país no mapa dos esportes radicais. O complexo da AJ Hackett, onde ocorreu o salto, fica entre uma estrada panorâmica e o rio Kawarau, a cerca de 20 minutos do centro de Queenstown – cidade considerada a capital dos esportes radicais no mundo. A adrenalina já começa a aumentar na chegada, com a visão da ponte de onde ocorre o salto.
O G1 saltou de bungee jump no primeiro ponto comercial a fornecer o esporte no mundo, em Queenstown, na Nova Zelândia (Foto: AJ Hackett Bungy New Zealand)O G1 saltou de bungee jump no primeiro ponto comercial a fornecer o esporte no mundo, em Queenstown, na Nova Zelândia (Foto: AJ Hackett Bungy New Zealand)
O nervosismo toma conta, mas é despistado com as preparações para o pulo – todos os que encaram a aventura precisam ser pesados, para que a corda seja ajustada, e assinam termos de responsabilidade. Depois dos procedimentos, é necessário apenas reunir a coragem e seguir para a ponte – não sem antes passar pela plataforma onde os espectadores ficam, tendo de brinde a visão dos que já está saltando.
Quem está com alguma dúvida é o tempo todo lembrado por funcionários e por companheiros de aventura que pessoas bem mais velhas já encararam o desafio. No fim de abril, uma idosa de 91 anos se tornou a mulher mais velha a pular da Ponte Kawarau. O cliente mais velho até hoje tinha 94 anos – e crianças são permitidas a partir dos 10 anos de idade, com autorização dos pais.
No caminho para a ação, a percepção da realidade de que o salto vai acontecer mesmo estranhamente vai deixando tudo mais calmo. Conforme os instrutores colocavam os equipamentos e explicavam como tudo funcionava, a adrenalina foi se instalando no corpo. A segurança e naturalidade como eles lidam com tudo e a presença de outros saltadores também ajudam a descontrair o clima.
Chega a hora decisiva – é preciso se aproximar da beirada da ponte, onde os saltadores são orientados a se posicionar e posar para fotos.
O salto foi na Ponte Kawarau, sobre o rio de mesmo nome, de uma altura de 43 metros (Foto: AJ Hackett Bungy New Zealand)O salto foi na Ponte Kawarau, sobre o rio de mesmo nome, de uma altura de 43 metros (Foto: AJ Hackett Bungy New Zealand)
Os segundos passam rapidamente, até que a famosa frase seja falada: "1, 2, 3, Bungy!" Antes de o instrutor terminar a última palavra já me joguei rumo ao nada. São poucos segundos de um misto de sensação de quase morte e liberdade, até que o impacto da corda devolve à realidade, deixando apreciar a linda paisagem e a sensação de missão cumprida, com um limite ultrapassado.
Em menos de 2 minutos, a equipe termina o trabalho de resgate e o saltador está de volta à plataforma. Muitos chegam amedrontados, outros jurando que jamais repetirão a experiência. No caso do G1, a vontade era de fazer tudo de novo em seguida, e a adrenalina continuou alta até muitas horas depois.
Algumas pessoas dizem que o bungee jump é um ótimo esporte para ser apreciado de fora – a simples visão dos que saltam para o nada e superam o medo já é capaz de gerar emoção suficiente nos menos corajosos. Entretanto, a sensação de voar, mesmo que por apenas alguns segundos, e pequeno intervalo de tempo em que seu corpo está livre, sem saber se haverá continuação, são daquelas experiências capazes de mudar a perspectiva de uma pessoa sobre a vida.
A repórter Juliana Cardilli durante o salto de bungee jump em Queenstown, na Nova Zelândia (Foto: AJ Hackett Bungy New Zealand)A repórter Juliana Cardilli durante o salto de bungee jump em Queenstown, na Nova Zelândia (Foto: AJ Hackett Bungy New Zealand)
História
Os dois pioneiros no esporte considerado maluco por muitos foram AJ Hackett e Henry van Asch, que desenvolveram os primeiros estudos e testes com as cordas que hoje seguram milhares de pessoas em seus saltos ao redor do mundo.
Após alguns testes na França, eles decidiram que era necessário fazer um salto público para confirmar sua ideia – foi quando Hackett teve a ideia de pular da Torre Eiffel em Paris, em 1987. Ele foi preso e solto minutos depois, mas o objetivo foi cumprido: o bungee jumping se tornou conhecido.
Um ano depois, eles criaram o primeiro ponto comercial para os saltos, na Ponte Kawarau, sobre o rio de mesmo nome. A licença inicial para fornecer o serviço era de apenas 30 dias – eles não acreditavam que a loucura atrairia muitas pessoas. Naquele ano, 28 pessoas saltaram, e os dois começaram a investir em segurança para solidificar o serviço. Ela é até hoje levada a sério - a empresa nunca registrou acidentes fatais – e todos os itens são verificados diversas vezes durante o salto, por pessoas diferentes. 
Mais de 26 anos depois, o AJ Hackett Bungy se tornou referência no mundo todo, oferecendo três locais de saltos em Queenstown (um deles com 134 metros de altura, e outro que permite saltos durante a noite), e outros também em Auckland, maior cidade do país.
Vista do rio Kawarau e das montanhas que o cercam em local onde ocorrem saltos de bungee jump (Foto: Juliana Cardilli/G1)Vista do rio Kawarau e das montanhas que o cercam em local onde ocorrem saltos de bungee jump (Foto: Juliana Cardilli/G1
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