Havana (RV) - Segunda-feira, 20 de julho de 2015, será uma data histórica, pois marcará a reabertura das Embaixadas de Cuba e Estados Unidos nos respectivos países, um passo decisivo para a plena normalização das relações diplomáticas, rompidas há mais de cinco décadas.
O Secretário de Estado John Kerry, receberá na segunda-feira em Washington o Ministro do Exterior cubano, Bruno Rodríguez. Em uma coletiva de imprensa, os representantes dos dois países falarão aos jornalistas sobre o reinício das relações e sobre a reabertura das sedes diplomáticas.
Bandeira cubana em Washington
Rodríguez irá à Washington acompanhado de uma delegação, formada, entre outros, pela Vice-Presidente do Parlamento, Ana Maria Mari e Josefina Vidal, que coordenou as negociações. Segundo o governo cubano, Rodríguez participará de uma cerimônia solene no Escritório de interesses cubanos em Washington. A reabertura da embaixada está prevista um minuto após a meia-noite de segunda-feira. Os cerca de 500 convidados para a cerimônia, entre os quais 30 cubanos, verão a bandeira cubana ser içada no edifício. Deverá participar deste momento a Subsecretária para a América Latina, Roberta Jacobson.
Abertura da embaixada em Havana
Em Havana, por sua vez, sempre na segunda-feira, o Escritório dos interesses dos Estados Unidos na Ilha voltará a ser embaixada. Até o momento não está prevista nenhuma cerimônia oficial, pois se aguarda a confirmação da data da viagem a Cuba do Secretário Kerry.
Ainda um caminho a percorrer
A reabertura das respectivas embaixadas é um passo importante, mas para numerosos analistas políticos o caminho para a plena normalização das relações entre os dois países ainda é longo e cheio de incógnitas. O Presidente Raúl Castro, há poucos dias, fez uma série de exigências aos Estados Unidos, como o fim do embargo, a restituição da Base naval de Guantânamo, “território ocupado de forma ilegal”, e a adoção pelos EUA de “um modelo diferente” em relação à história dos dois países. (JE/OR)
(from Vatican Radio)
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