sexta-feira, 10 de julho de 2015

Depressão cívica - Totó

Gonzaga Mota* 
No momento atual, fatores como a corrupção; o fisiologismo; a busca do poder pelo poder, não respeitando os princípios éticos; a ambição; o fundamentalismo religioso; a globalização perversa; o corporativismo
autoritário; o capitalismo selvagem; os estelionatos eleitorais e administrativos motivados por alguns mecanismos de marketing e da falsa mídia, dentre outros elementos, estão conduzindo a grande maioria das populações  de países ricos, emergentes e pobres para uma crise que abrange aspectos morais, socioeconômicos, de desesperança, de irresponsabilidade, de injustiça, de violência, etc, gerando uma quadro de depressão cívica. O avanço científico e tecnológico beneficiou apenas determinados segmentos da humanidade, não permitindo a redução do número de pessoas excluídas e oprimidas. Falta solidariedade. Conforme Santo Tomás de Aquino: “Há homens cuja fraqueza de inteligência não lhe permite ir além das coisas corpóreas”. Precisamos, sem preconceitos, pensar o futuro. Cremos que a grande crise mundial é consequência do aumento do pragmatismo tático e da redução das correntes de pensamento filosófico. Todavia, não obstante as diferenças culturais dos povos, existem características básicas que devem ser comuns: a justiça; a honestidade; a perspectiva de mobilidade social; a soberania popular evidenciada  por convicções democráticas e não por forças autoritárias; bem como, a busca permanente da paz. Como disse o grande poeta, brasileiro do Nordeste, Manuel Bandeira: “Ah! Como dói viver quando falta a esperança”. Que Deus nos ajude.
*Integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, poeta, escritor, professor da UFC e ex-governador do Ceará

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