Atriz faz uma viciada em sexo que usa vestidos provocantes para quebrar a guarda de Patrick Bruel.
Poderia ter sido parte da estratégia de lançamento de Sexo, Amor e Terapia - se o filme de Tonie Marshall já não tivesse esgotado seu ciclo nos cinemas franceses. No longa, na verdade bem curto - menos de uma hora e meia -, Sophie Marceau faz uma viciada em sexo que usa vestidos provocantes para quebrar a guarda de Patrick Bruel (que resiste a suas investidas).
Em maio, Sophie integrava o júri internacional que entregou a Palma de Ouro a Dheepan, de Jacques Audiard. Fazia a montée des marches com Guillermo Del Toro quando, no meio da escadaria, e em pleno tapete vermelho, um golpe de vento abriu seu vestido e o mundo inteiro viu as calcinhas de Sophie. Marilyn Monroe já era (em O Pecado Mora ao Lado, de Billy Wilder). Sophie Marceau na cabeça. Ou melhor, ‘en culottes’, como dizem os franceses.
Há muito o que dizer sobre Sophie Marceau. Como Andie McDowell, outra garota-propaganda da L’Oréal, ela é a prova viva de que a linha de beleza funciona. Sophie está beirando os 50 e continua deslumbrante. Sexy, brejeira. O oposto de Nem Vem Que Não Tem, o hit de Wilson Simonal que teve versão na França e é a música de fundo no começo do filme de Tonie Marshall. Nem vem que não tem é o mantra do personagem de Patrick Bruel. Viciado em sexo - priápico -, ele faz tratamento e está prestes a completar um ano de abstinência quando ganha nova colega, Sophie. Ela é ninfomaníaca, mas os puritanos podem ficar tranquilos. Tonie Marshall aborda o tema de forma muito mais comedida que Lars Von Trier. Sophie quer, Patrick resiste. Ela faz de tudo para provocá-lo, e a resistência é tanto mais árdua porque ambos são terapeutas sexuais e prestam atendimento a casais em crise. E o motivo dos desentendimentos é quase sempre o sexo - ou a falta dele.
Eles ouvem histórias, muitas histórias. E Sophie insinua-se. Filha de uma atriz mítica, Micheline Presle - de Adúltera/Le Diable au Corps, de Claude Autant-Lara, com Gérard Philippe, de 1947 -, a diretora Tonie Marshall fez história como a primeira mulher a receber o César, o Oscar francês, de melhor filme e direção. O filme, Instituto de Beleza Vênus/Venus Beauté, de 2000. Há 15 anos. Mulheres num instituto de beleza, mulheres que se embelezam para seus homens, que se enredam com diferentes homens.
Mesmo não sendo explícita, Sexo, Amor e Terapia não é uma comédia romântica como as outras, de Hollywood, pelo simples fato de que tem uma abordagem mais livre das atividades das pessoas - dos casais - na cama. Tudo passa, ou tudo depende da química entre Sophie e Patrick. Ele é um astro na França. Cantor showman, ator. Tem uma cena engraçada com a também cantora Sylvie Vartan. Falam de idade e... suco de tomate. O curioso é que, num filme como esse, o público tem uma expectativa para o final. É interessante ver como Tonie Marshall brinca com essa expectativa. O que esperar quando você está esperando. Não, não se trata de reproduzir a comédia norte-americana (com Rodrigo Santoro) sobre casais grávidos. A questão é como segurar o interesse do público até que caiam, biblicamente, as muralhas de Jericó. Tem gente dizendo que o filme é previsível, mas isso é só meia-verdade.
Em 1999, Sophie Marceau surtou ao entregar a Palma de Ouro - para Rosetta, dos irmãos Dardenne. Disse tanta caca no microfone do maior festival do mundo que você era capaz de jurar que acabara. Que nada! Reinventou-se naquele mesmo ano como vilã de James Bond em 007 - O Mundo Não É o Bastante e, agora, como ninfomaníaca. Palmas que ela merece.
Em maio, Sophie integrava o júri internacional que entregou a Palma de Ouro a Dheepan, de Jacques Audiard. Fazia a montée des marches com Guillermo Del Toro quando, no meio da escadaria, e em pleno tapete vermelho, um golpe de vento abriu seu vestido e o mundo inteiro viu as calcinhas de Sophie. Marilyn Monroe já era (em O Pecado Mora ao Lado, de Billy Wilder). Sophie Marceau na cabeça. Ou melhor, ‘en culottes’, como dizem os franceses.
Há muito o que dizer sobre Sophie Marceau. Como Andie McDowell, outra garota-propaganda da L’Oréal, ela é a prova viva de que a linha de beleza funciona. Sophie está beirando os 50 e continua deslumbrante. Sexy, brejeira. O oposto de Nem Vem Que Não Tem, o hit de Wilson Simonal que teve versão na França e é a música de fundo no começo do filme de Tonie Marshall. Nem vem que não tem é o mantra do personagem de Patrick Bruel. Viciado em sexo - priápico -, ele faz tratamento e está prestes a completar um ano de abstinência quando ganha nova colega, Sophie. Ela é ninfomaníaca, mas os puritanos podem ficar tranquilos. Tonie Marshall aborda o tema de forma muito mais comedida que Lars Von Trier. Sophie quer, Patrick resiste. Ela faz de tudo para provocá-lo, e a resistência é tanto mais árdua porque ambos são terapeutas sexuais e prestam atendimento a casais em crise. E o motivo dos desentendimentos é quase sempre o sexo - ou a falta dele.
Eles ouvem histórias, muitas histórias. E Sophie insinua-se. Filha de uma atriz mítica, Micheline Presle - de Adúltera/Le Diable au Corps, de Claude Autant-Lara, com Gérard Philippe, de 1947 -, a diretora Tonie Marshall fez história como a primeira mulher a receber o César, o Oscar francês, de melhor filme e direção. O filme, Instituto de Beleza Vênus/Venus Beauté, de 2000. Há 15 anos. Mulheres num instituto de beleza, mulheres que se embelezam para seus homens, que se enredam com diferentes homens.
Mesmo não sendo explícita, Sexo, Amor e Terapia não é uma comédia romântica como as outras, de Hollywood, pelo simples fato de que tem uma abordagem mais livre das atividades das pessoas - dos casais - na cama. Tudo passa, ou tudo depende da química entre Sophie e Patrick. Ele é um astro na França. Cantor showman, ator. Tem uma cena engraçada com a também cantora Sylvie Vartan. Falam de idade e... suco de tomate. O curioso é que, num filme como esse, o público tem uma expectativa para o final. É interessante ver como Tonie Marshall brinca com essa expectativa. O que esperar quando você está esperando. Não, não se trata de reproduzir a comédia norte-americana (com Rodrigo Santoro) sobre casais grávidos. A questão é como segurar o interesse do público até que caiam, biblicamente, as muralhas de Jericó. Tem gente dizendo que o filme é previsível, mas isso é só meia-verdade.
Em 1999, Sophie Marceau surtou ao entregar a Palma de Ouro - para Rosetta, dos irmãos Dardenne. Disse tanta caca no microfone do maior festival do mundo que você era capaz de jurar que acabara. Que nada! Reinventou-se naquele mesmo ano como vilã de James Bond em 007 - O Mundo Não É o Bastante e, agora, como ninfomaníaca. Palmas que ela merece.
Agência Estado
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