Dificuldade de concorrência ocorre principalmente quando se trata da venda de autores consagrados.
Por Lev Chaim*
Quem compra algo hoje em dia procura o modo mais ‘fácil’ ou, aparentemente, mais cômodo. E quem compra um livro de um autor consagrado, cada vez mais, o faz via internet, nas livrarias online. Estas estão ‘roubando’ os clientes das livrarias tradicionais, que vivem tempos difíceis.
Mas no Japão, a primeira reação a esta crescente tendência de compra online foi dada e com sucesso, segundo a revista holandesa 360. A maior rede de livrarias do país, a Kinokunya, comprou 90 mil dos cem mil exemplares da primeira edição do último lançamento do escritor best-seller japonês, Haruki Murakami. Com isto, sobrou apenas uma pequena porcentagem de livros para ser vendida na internet, neste último 10 de setembro, dia de seu lançamento oficial.
Foi um gesto de desafio desta cadeia de livrarias. Primeiro, para chamar a atenção para os problemas que as lojas tradicionais enfrentam com a perda de clientes para as concorrentes online. E segundo, para enfatizar a dificuldade de uma livraria tradicional em concorrer com as livrarias online, principalmente quando se trata da venda de autores consagrados.
O título deste último trabalho de Murakami, nascido em Quioto mas com residência em Tóquio, numa tradução livre, ficaria assim: “Um escritor de romances por vocação”.
Para dar um novo fôlego ao mercado tradicional de livros, a cadeia de livrarias Kinokunya deu o exemplo de como arregaçar as mangas e ir à luta. Sem dúvida, foi um investimento seguro, já que Haruki Murakami é um autor de peso, traduzido em mais de 16 línguas e já há algum tempo na lista de candidatos ao Nobel de Literatura.
Talvez você já tenha lido algumas das obras anteriores deste autor, com milhões e milhões de exemplares vendidos no Japão e em todo o mundo. Aqui, alguns de seus títulos: ‘Minha querida Sputnik’, ‘Norwegian Wood’, ‘IQ84 – volume 1, 2 e 3’, ‘Kafka a beira-mar’ e o ‘Pálido Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação’. Apesar da fama, Murakami raramente aparece em público e seus lançamentos são envoltos em grande mistério.
Todos esses exemplares do novo romance do autor foram colocados à venda no Japão nas lojas da cadeia da Kinokunya e também em outras livrarias, num gesto solidário deste gigante do livro para com as pequenas livrarias do país. Antes da venda propriamente dita deste último livro, foi apenas dito que o autor iria revelar ali como havia se tornado um escritor de romances e os segredos atrás de seu processo criativo.
Sem dúvida, foi um ato de envergadura daquela cadeia japonesa de livrarias, ao bloquear uma enorme venda desse último lançamento do autor pela internet. Com isto, seus fãs lotaram as lojas do país a procura desta última obra. Talvez, para muitos jovens, esta seja a primeira vez que entraram em uma livraria real em suas vidas, o que não deixa de ser uma coisa positiva, pois os forçou a um contato real, do que apenas teclar um pedido online.
Quem compra algo hoje em dia procura o modo mais ‘fácil’ ou, aparentemente, mais cômodo. E quem compra um livro de um autor consagrado, cada vez mais, o faz via internet, nas livrarias online. Estas estão ‘roubando’ os clientes das livrarias tradicionais, que vivem tempos difíceis.
Mas no Japão, a primeira reação a esta crescente tendência de compra online foi dada e com sucesso, segundo a revista holandesa 360. A maior rede de livrarias do país, a Kinokunya, comprou 90 mil dos cem mil exemplares da primeira edição do último lançamento do escritor best-seller japonês, Haruki Murakami. Com isto, sobrou apenas uma pequena porcentagem de livros para ser vendida na internet, neste último 10 de setembro, dia de seu lançamento oficial.
Foi um gesto de desafio desta cadeia de livrarias. Primeiro, para chamar a atenção para os problemas que as lojas tradicionais enfrentam com a perda de clientes para as concorrentes online. E segundo, para enfatizar a dificuldade de uma livraria tradicional em concorrer com as livrarias online, principalmente quando se trata da venda de autores consagrados.
O título deste último trabalho de Murakami, nascido em Quioto mas com residência em Tóquio, numa tradução livre, ficaria assim: “Um escritor de romances por vocação”.
Para dar um novo fôlego ao mercado tradicional de livros, a cadeia de livrarias Kinokunya deu o exemplo de como arregaçar as mangas e ir à luta. Sem dúvida, foi um investimento seguro, já que Haruki Murakami é um autor de peso, traduzido em mais de 16 línguas e já há algum tempo na lista de candidatos ao Nobel de Literatura.
Talvez você já tenha lido algumas das obras anteriores deste autor, com milhões e milhões de exemplares vendidos no Japão e em todo o mundo. Aqui, alguns de seus títulos: ‘Minha querida Sputnik’, ‘Norwegian Wood’, ‘IQ84 – volume 1, 2 e 3’, ‘Kafka a beira-mar’ e o ‘Pálido Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação’. Apesar da fama, Murakami raramente aparece em público e seus lançamentos são envoltos em grande mistério.
Todos esses exemplares do novo romance do autor foram colocados à venda no Japão nas lojas da cadeia da Kinokunya e também em outras livrarias, num gesto solidário deste gigante do livro para com as pequenas livrarias do país. Antes da venda propriamente dita deste último livro, foi apenas dito que o autor iria revelar ali como havia se tornado um escritor de romances e os segredos atrás de seu processo criativo.
Sem dúvida, foi um ato de envergadura daquela cadeia japonesa de livrarias, ao bloquear uma enorme venda desse último lançamento do autor pela internet. Com isto, seus fãs lotaram as lojas do país a procura desta última obra. Talvez, para muitos jovens, esta seja a primeira vez que entraram em uma livraria real em suas vidas, o que não deixa de ser uma coisa positiva, pois os forçou a um contato real, do que apenas teclar um pedido online.
*Lev Chaim é jornalista, colunista, publicista da FalaBrasil e trabalhou mais de 20 anos para a Radio Internacional da Holanda, país onde mora até hoje. Ele escreve todas as terças-feiras, para o Domtotal.
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