Área de poluição saltou de 71 para 157 km, diz a SOS Mata Atlântica.
Problemas com poluição no ano passado matou 40 toneladas de peixes.
A área de poluição do rio Tietê mais que dobrou em um ano. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, a mancha de sujeira passou de 71 km para 157 km em um ano. A área, considerada morta por não ter oxigênio, abrangia apenas à região metropolitana de São Paulo no ano passado, mas hoje vai de Mogi das Cruzes (SP) até Salto (SP).
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"As manchas dobraram por causa do aumento no uso da água do rio [Tietê] na região metropolitana, após a falta de água no Sistema Cantareira. Isso diminuiu o volume da água e aumentou o lançamento de esgotos por vários municípios ao longo da bacia", afirma Malu Ribeiro, coordenadora da SOS Mata Atlântica.
Em Pirapora do Bom Jesus, cidade vizinha de Salto, localizada a cerca de 50 km da capital, é comum encontrar lixo como garrafas pet, sapato, bolinha de tênis, isopor, entre outros, boiando no rio. Há pontos em que o Tietê é tão poluído que a água ganhou uma coloração bem escura.
"Toda a sujeira, esgoto, resíduo industrial, tudo que vem da grande São Paulo vai parar em Pirapora [do Bom Jesus], por que a gente tem duas barragens na cidade", diz o gestor ambiental da cidade Cristiano Viegas.
De acordo com a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos do Estado, a Sabesp coleta 84% dos resíduos e trata 70% dos esgotos de São paulo. Já alguns municípios da região metropolitana, apesar de coletarem os mesmos 84%, porém, não tratam esses esgotos.
Espuma invade cidade
Recentemente, as fortes chuvas que atingiram a região de Sorocaba (SP) no início do mês de setembro fizeram a espuma do rio Tietêtransbordar no trecho que passa pela cidade de Salto. A avenida Castro Alves, próximo ao complexo da cachoeira, chegou a ficar interditada. Em uma das ocasiões, a espuma tinha cor preta e formou uma lama no local.
Recentemente, as fortes chuvas que atingiram a região de Sorocaba (SP) no início do mês de setembro fizeram a espuma do rio Tietêtransbordar no trecho que passa pela cidade de Salto. A avenida Castro Alves, próximo ao complexo da cachoeira, chegou a ficar interditada. Em uma das ocasiões, a espuma tinha cor preta e formou uma lama no local.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a formação de espumas - como ocorre frequentemente no Tietê ao longo das cidades de Santana de Parnaíba, Salto e Pirapora do Bom Jesus -, é reflexo da poluição despejada no rio.
Por conta disso, a prefeitura recomendou que as pessoas evitassem de passar pelo local, já que a espuma é proveniente do esgoto e poderiam causar algum tipo de doença. Por dias, equipes de limpeza trabalharam para retirar tudo do local.
'Água preta'
O problema na região de Salto se agravou no ano passado, após o rio Tietê ter sido tomado por uma "água preta". Na ocasião, a equipe da Prefeitura retirou do rio, e tambem do córrego do Ajudante, que desagua no rio Tietê, aproximadamente 40 toneladas de peixes mortos.
O problema na região de Salto se agravou no ano passado, após o rio Tietê ter sido tomado por uma "água preta". Na ocasião, a equipe da Prefeitura retirou do rio, e tambem do córrego do Ajudante, que desagua no rio Tietê, aproximadamente 40 toneladas de peixes mortos.
Outra fase constatada na época, foi a presença de espuma branca e densa que tomou conta do local. Já no outro dia, a cor da água era marrom. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente da cidade, sinal de que a qualidade da água havia melhorado.
Na ocasião, a Cetesb informou que técnicos vistoriaram diversos trechos do rio Tietê ao longo do dia e constataram que a alteração na coloração da água se deve a um fenômeno natural. As fortes chuvas teriam carregado resíduos do solo de afluentes e do próprio leito do rio. Ainda de acordo com a companhia, esse é um fenômeno comum quando ocorrem chuvas intensas, principalmente após longos períodos de estiagem.
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