Sansão, leão herdeiro da dinastia dos réprobos, governava a província de Jaça, inserida na floresta de Fiorde. Sua atuação era despótica e, em consequência, não respeitava e perseguia a fauna constituída, em sua grande maioria, por animais honestos, dóceis, trabalhadores e solidários. Os habitantes de Jaça viviam sob o controle de um rei egoísta, assim como não podiam se manifestar, pois não havia liberdade. Os setores essenciais e básicos para a população, como educação, saúde, segurança, etc, não recebiam a devida prioridade do governo do rei Sansão. Usava de métodos aéticos e amorais, até mesmo a tortura física e mental, para continuar dominando a população. Apesar de todo o poder, concentrava o sentimento perverso da inveja. Por isso, Sansão era arrogante, ingrato, falso, como também incapaz de fazer uma ação sem interesse. Certo dia de passagem pela província de Jaça, o leão de nome Justiceiro observou com indignação o sofrimento da fauna. Convocou alguns corajosos animais e procurou, de forma pacífica, desenvolver um trabalho de esclarecimento junto à população. Justiceiro conquistou a simpatia dos jacences, provocando a inveja do bárbaro Sansão. Este procurou, juntamente com os seus áulicos, desmoralizar e matar o bom leão. Não conseguiu, pois a população externou sua solidariedade ao leão amigo e tirou do trono e expulsou de Jaça aquele que tanto mal causou aos seus habitantes. A fábula mostra: “Onde há inveja e egoísmo, há também confusão e todo tipo de coisas más” (Tiago 3,16).
*Ex-governador, professor da UFC e escritor
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