sexta-feira, 30 de outubro de 2015

E lá vem mais Plutão!

por Cássio Barbosa
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/observatorio/1.html

plutão

Está com saudades das imagens de Plutão? Então se prepare para mais uma leva delas. A NASA está liberando mais algumas das imagens de alta resolução obtidas no encontro da New Horizons com o planeta anão ocorrido em 14 de julho último. A sonda já está a uns 150 milhões de km do sistema de Plutão, a mesma distância entre o Sol e a Terra e já realizou 3 manobras de correção de sua trajetória em busca de outros objetos do Cinturão de Kuiper, dando continuidade à sua missão.
Por enquanto temos as seguintes belezinhas.
Plutão em minguante! Pois é, essa imagem fantástica foi obtida apenas 15 minutos após a máxima aproximação da nave, quando ela estava a 18 mil km de distância, o que faz com que cada pixel represente 700 metros na superfície de Plutão.
Além da aparência fantástica, de um ponto de vista que nunca poderia ser obtido da Terra, a imagem mostra muito bem as diversas camadas da tênue atmosfera de Plutão. Em sua parte iluminada, à direita, o terreno suave da planície Sputnik pode ser notada, limitada acima pelas cadeias de montanhas Hillary e Norgay que chegam a atingir 3.500 metros de altitude. Mais abaixo da planície estão os glaciares misteriosos de Plutão.
Outra imagem, menos impressionante, mas muito mais enigmática é essa mostrando duas crateras em Caronte. As cratera pintada em verde é chamada de Organa, que vem a ser o primeiro presidente e vice-rei de Alderaan, um herói na Guerra dos Clones da saga de Guerra nas Estrelas. A outra cratera é chamada de Skywalker, que dispensa apresentações. Claro que tudo isso é informal ainda, a União Astronômica Internacional ainda não se reuniu para definir quais serão os nomes a serem adotados para a geologia de Plutão.
Mas o que a imagem tem de intrigante, além do fato de uma das crateras estar pintada em verde?
O verde representa a presença de amônia, que Organa tem bastante e Skywalker não tem nada. Como duas crateras quase idênticas (ambas têm 5 km de diâmetro) e tão próximas (estão pouco mais de 80 km uma da outra) têm conteúdos tão diferentes? Aliás, Organa é bem diferente de todas as outras crateras de Caronte.
Esse é a questão. Três hipóteses até agora foram levantadas, Organa pode ser bem mais jovem do que as outras crateras em Caronte e por isso ainda guarda a amônia. Por outro lado, o agente que se chocou com a superfície, um pequeno asteroide ou cometa, pode ter atingido um veio de amônia abaixo da superfície, não só o expondo, como também lançando-o a sua volta. Finalmente, o próprio agente do impacto poderia ter trazido sua própria amônia congelada e depositado na cratera depois do choque.
Bom, isso é o que saiu até agora, mas a NASA prometeu mais ainda hoje. O jeito é ficar de olho!

plutão

Nenhum comentário:

Postar um comentário