Pacientes e familiares devem ter cautela com as informações sobre a cura do câncer.
O volume de informações que circula diariamente a pacientes oncológicos e familiares por meio de diversos tipos de comunicação – inclusive de grupos nas redes sociais - pode representar um malefício em vez de algo que venha agregar à conduta terapêutica, podendo inclusive reduzir a eficácia do tratamento em andamento e, até mesmo, levar a uma morte prematura. A avaliação é do Gilberto Lopes, que é oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia / HCor – instituições do Grupo Oncoclínicas.
É o que aconteceu com o caso do suposto medicamento que prometia a "cura do câncer" – a "fosfoetanolamina". Produzida em caráter experimental por um pesquisador da USP São Carlos, a droga foi obtida por meio de uma decisão judicial, o que abriu precedente para que outros tivessem interesse em obtê-la.
Lopes alerta que a referida droga foi testada somente em estudos em culturas de células e camundongos. Segundo ele de cada 250 substâncias nesta fase, somente uma chega a confirmar atividade e ser aprovada como medicamento. "Teríamos que passar por uma série de estudos em animais para testar sua segurança e depois ensaios clínicos em pacientes antes de saber se a substância é segura.
Como ela não é um medicamento registrado, não deveria ter mandados judiciais para obrigar qualquer entidade a produzi-la", avalia Lopes, que é oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia / HCor – instituições do Grupo Oncoclínicas.
A cada dia uma variedade de estudos científicos tem seus resultados publicados em revistas científicas e, muitas vezes, repercutidos pela grande imprensa. Entretanto, uma parte importante das pesquisas encontram-se no que se chama de "fase 1" – ou seja, no estágio inicial na busca por evidências que comprovem sua eficácia terapêutica sobre determinado tipo de patologia. O oncologista explica que na primeira etapa, em geral, é determinada a dose máxima tolerada de um medicamento novo. Em seguida, na fase 2, é avaliado se o potencial da substância tem atividade. Na fase 3 há a comparação do estudo com o padrão atual de tratamento.
Para evitar que o paciente recorra a uma "promessa falsa" a comunicação médico-paciente é essencial. O especialista irá observar se o paciente compreendeu seu diagnóstico bem como as indicações e se houve a sensibilização para o impacto da terapêutica, mesmo em estágios avançados de câncer. O diálogo contribuirá para diminuir o risco de ser induzido a recorrer a substâncias consideradas duvidosas. "Hoje, com o avanço da medicina e o advento das terapias-alvo, em especial nos casos de oncologia, é possível aumentar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes, bem como alcançar a cura, sem se basear em tratamentos sem qualquer comprovação de seus benefícios para uso clínico", finaliza Lopes.
É o que aconteceu com o caso do suposto medicamento que prometia a "cura do câncer" – a "fosfoetanolamina". Produzida em caráter experimental por um pesquisador da USP São Carlos, a droga foi obtida por meio de uma decisão judicial, o que abriu precedente para que outros tivessem interesse em obtê-la.
Lopes alerta que a referida droga foi testada somente em estudos em culturas de células e camundongos. Segundo ele de cada 250 substâncias nesta fase, somente uma chega a confirmar atividade e ser aprovada como medicamento. "Teríamos que passar por uma série de estudos em animais para testar sua segurança e depois ensaios clínicos em pacientes antes de saber se a substância é segura.
Como ela não é um medicamento registrado, não deveria ter mandados judiciais para obrigar qualquer entidade a produzi-la", avalia Lopes, que é oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia / HCor – instituições do Grupo Oncoclínicas.
A cada dia uma variedade de estudos científicos tem seus resultados publicados em revistas científicas e, muitas vezes, repercutidos pela grande imprensa. Entretanto, uma parte importante das pesquisas encontram-se no que se chama de "fase 1" – ou seja, no estágio inicial na busca por evidências que comprovem sua eficácia terapêutica sobre determinado tipo de patologia. O oncologista explica que na primeira etapa, em geral, é determinada a dose máxima tolerada de um medicamento novo. Em seguida, na fase 2, é avaliado se o potencial da substância tem atividade. Na fase 3 há a comparação do estudo com o padrão atual de tratamento.
Para evitar que o paciente recorra a uma "promessa falsa" a comunicação médico-paciente é essencial. O especialista irá observar se o paciente compreendeu seu diagnóstico bem como as indicações e se houve a sensibilização para o impacto da terapêutica, mesmo em estágios avançados de câncer. O diálogo contribuirá para diminuir o risco de ser induzido a recorrer a substâncias consideradas duvidosas. "Hoje, com o avanço da medicina e o advento das terapias-alvo, em especial nos casos de oncologia, é possível aumentar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes, bem como alcançar a cura, sem se basear em tratamentos sem qualquer comprovação de seus benefícios para uso clínico", finaliza Lopes.
RS Press
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