Ministro da Defesa pediu participação maior principalmente na África.
'A França não pode estar sozinha nestes cenários', afirmou.
A França pediu nesta terça-feira (17) ao sócios da União Europeia (UE) "ajuda" na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, assim como uma "participação militar maior" nas operações do país no exterior, fundamentalmente na África.
A UE expressou um apoio "unânime" ao pedido de ajuda militar, indicou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, durante uma coletiva de imprensa.
"A França pediu ajuda e assistência (...) hoje, a UE, pela voz de todos os Estados membros, expressou de forma unânime seu total apoio" a esse pedido, garantiu.
"A França não poderá estar sozinha nestes cenários de operações contra os jihadistas", disse o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian em uma reunião com seus colegas do bloco em Bruxelas, segundo uma fonte de sua equipe, de acordo com a France Presse.
Segundo o ministro, a ajuda da União Europeia pode incluir maior suporte na Síria, Iraque e África.
"A França pede a seus sócios europeus apoio, de maneira bilateral, na medida de suas possibilidades, na luta contra o Daesh (acrônimo em árabe do EI) no Iraque e na Síria", disse Le Drian, de acordo com a mesma fonte.
O ministro também pediu "uma participação militar maior dos Estados membros nos cenários de operações nos quais a França está mobilizada", principalmente na África.
Tropas francesas participam na luta contra os grupos jihadistas no Sahel africano e bombardeiam posições do EI no Iraque e na Síria.
A reunião acontece poucos dias depois dos atentados reivindicados pelo EI que deixaram 129 mortos em Paris.
O presidente francês, François Hollande, antecipou em um discurso na segunda-feira no Parlamento que pretende solicitar ajuda aos sócios da UE, invocando o artigo 42-7 da União Europeia.
Esta é a primeira vez que se invoca este artigo, similar ao artigo 5 da Otan, que serviu de amparo aos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001 para que a Aliança Atlântica atuasse no Afeganistão.
O recurso a este artigo "tem um alcance simbólico", disse outra fonte da equipe do ministro.
"Os países da UE poderiam assim participar mais concretamente na luta contra o terrorismo, mesmo que seja com a oferta de uma contribuição ao Exército francês nos locais em que está mobilizado", completou.
"A França pede ajuda neste momento difícil, quando a UE é atacada", afirmou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, segundo a fonte da equipe do ministro francês
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