terça-feira, 17 de novembro de 2015

França pede ajuda militar a sócios da União Europeia em ações no exterior

Ministro da Defesa pediu participação maior principalmente na África.
'A França não pode estar sozinha nestes cenários', afirmou.

Do G1, em São Paulo

A França pediu nesta terça-feira (17) ao sócios da União Europeia (UE) "ajuda" na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, assim como uma "participação militar maior" nas operações do país no exterior, fundamentalmente na África.
A UE expressou um apoio "unânime" ao pedido de ajuda militar, indicou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, durante uma coletiva de imprensa.
"A França pediu ajuda e assistência (...) hoje, a UE, pela voz de todos os Estados membros, expressou de forma unânime seu total apoio" a esse pedido, garantiu.
"A França não poderá estar sozinha nestes cenários de operações contra os jihadistas", disse o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian em uma reunião com seus colegas do bloco em Bruxelas, segundo uma fonte de sua equipe, de acordo com a France Presse.
Segundo o ministro, a ajuda da União Europeia pode incluir maior suporte na Síria, Iraque e África.
"A França pede a seus sócios europeus apoio, de maneira bilateral, na medida de suas possibilidades, na luta contra o Daesh (acrônimo em árabe do EI) no Iraque e na Síria", disse Le Drian, de acordo com a mesma fonte.
O ministro também pediu "uma participação militar maior dos Estados membros nos cenários de operações nos quais a França está mobilizada", principalmente na África.
Tropas francesas participam na luta contra os grupos jihadistas no Sahel africano e bombardeiam posições do EI no Iraque e na Síria.
A reunião acontece poucos dias depois dos atentados reivindicados pelo EI que deixaram 129 mortos em Paris.
O presidente francês, François Hollande, antecipou em um discurso na segunda-feira no Parlamento que pretende solicitar ajuda aos sócios da UE, invocando o artigo 42-7 da União Europeia.
Esta é a primeira vez que se invoca este artigo, similar ao artigo 5 da Otan, que serviu de amparo aos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001 para que a Aliança Atlântica atuasse no Afeganistão.
O recurso a este artigo "tem um alcance simbólico", disse outra fonte da equipe do ministro.
"Os países da UE poderiam assim participar mais concretamente na luta contra o terrorismo, mesmo que seja com a oferta de uma contribuição ao Exército francês nos locais em que está mobilizado", completou.
"A França pede ajuda neste momento difícil, quando a UE é atacada", afirmou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, segundo a fonte da equipe do ministro francês
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