segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Guinness vegetariana

Novo processo de produção tornará a cerveja adequada às exigências do público vegano.
Por Marco Lacerda*
Pouca gente – exceção feita a veganos e vegetarianos – sequer sabia que a Guinness, a melhor e mais famosa cerveja preta do mundo, continha uma substância proveniente do peixe. Na verdade é comum no processo de fabricação das cervejas de barril o uso de cola de peixe, um tipo de gelatina, na fase de fermentação e filtragem da bebida.
Há 256 anos a Guinness utiliza esse método, mas, de olho no mercado vegetariano, a partir de 2017 a fórmula vai mudar: a empresa anunciou que vai implementar um novo sistema que tornará a cerveja adequada aos padrões veganos.
A decisão, segundo o britânico The Times, não é só de interesse da Guinness, mas resultado da pressão dos grupos vegetarianos – cada vez maiores, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos – que não consomem a bebida justamente por causa do tal ingrediente de origem animal, também conhecido como ictiocola. A alternativa é uma nova substância proveniente de vegetais, que deve manter as mesmas propriedades da anterior, responsável por acelerar a fermentação e deixar a bebida mais translúcida.
A empresa Diageo, proprietária da Guinness, produzida na Irlanda desde 1759, anunciou que a fábrica acabou de instalar o sistema mas que a nova cerveja só começará jorrar dos barris no fim do ano. Vegetarianos e veganos poderão enfim degustar uma Guinness livre da ictiocola, também utilizada em vinícolas e confeitarias
A organização Barnivore tem, em sua página na internet, uma lista de vinhos e cervejas aptas para "veganos" - vegetarianos que não consomem absolutamente nada de origem animal. Segundo a Barnivore, as marcas espanholas San Miguel e Estrella, a brasileira Skol, a argentina Buenas Ondas, a holandesa Heineken e a mexicana Modelo estão entre as cervejas aptas para veganos.
‘Cadeira vazia – um comercial da Guinness’. Veja o vídeo.
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do DomTotal

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