Agência Ecclesia 19 de Novembro de 2015, às 11:32
Cidade do Vaticano, 19 nov 2015 (Ecclesia) - O Papa alertou hoje no Vaticano para a dimensão das guerras que estão em curso em todo o mundo e denunciou os traficantes de armas que lucram com a morte de seres humanos.
“Jesus chora também hoje porque nós preferimos o caminho da guerra, do ódio, da inimizade. Estamos perto do Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, mas é tudo falso: o mundo continua em guerra, a fazer as guerras, não compreendeu o caminho da paz”, lamentou.
Na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta, onde reside, Francisco observou que as recentes celebrações que evocaram as duas Guerras Mundiais ou as bombas de Hiroshima e Nagasaki, alertam para as consequências da guerra e do ódio.
“O que fica de uma guerra, desta como a que estamos agora a viver? Ruínas, milhares de crianças sem educação, tantos mortos inocentes, tantos, e muito dinheiro nos bolsos dos traficantes de armas”, denunciou.
O Papa considera que a guerra é a escolha de quem prefere as “riquezas” ao ser humano.
“Estes que lançam a guerra, que fazem as guerras, são malditos, são delinquentes. Uma guerra pode justificar-se, entre aspas, com muitas, muitas razões, mas quando todo o mundo está em guerra como hoje - todo o mundo, é uma guerra mundial aos bocados, aqui, ali, além, por todo o lado -, não há justificação. E Deus chora”, afirmou.
Francisco contrapôs os traficantes de armas aos “trabalhadores da paz”, que dão a sua vida para ajudar uma pessoa que seja, como a Madre Teresa de Calcutá.
Após pedir orações pela “conversão do coração” para quem não segue o caminho da paz, o Papa deixou votos de que o próximo Jubileu da Misericórdia ajude o mundo a “reencontrar a capacidade de chorar pelos seus crimes, por tudo o que provoca com as guerras”.
OC
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