Organizadores já previam que os atos deste domingo não levariam milhares às ruas como antes.
Atualizada às 17h27
A manifestação deste domingo contra a presidente Dilma Rousseff começou por volta das 13h em São Paulo. Até as 14h, o número de pessoas era visivelmente menor do que nas manifestações anteriores na Avenida Paulista.
"A gente já esperava que a manutenção de hoje tivesse menos gente, já que tivemos só dez dias para organizar", diz Rogério Chequer, porta voz do Vem Pra Rua, um dos organizadores do protesto.
"Michel Temer não me agrada, mas é o que está previsto na Constituição. O melhor cenário é a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral", diz Charles Putz, professor de administração da Fundação Getulio Vargas e membro do Vem Pra Rua. Ele discursou com o corpo pintado de verde e amarelo.
Uma das novidades desta manifestação foi a participação da Fiesp que levou para a Avenida Paulista uma orquestra, um pato inflável amarelo gigante, símbolo da campanha contra o aumento de impostos e distribui bexigas para protestar contra a intenção de recriar a CPMF.
Os organizadores dos atos pró-impeachment dizem que, em função do pouco tempo para mobilização, não havia a pretensão de achar que o ato de hoje seria algo do porte que levou milhares de pessoas às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto.
Recife
Em Recife, capital de Pernambuco, a manifestação pró-impeachment reúne, neste momento, cerca de 500 pessoas na praça do Marco Zero, região central da cidade. Na capital pernambucana o ato é coordenado pelos movimentos Estado de Direito, Vem pra Rua e Direita Pernambuco. De acordo com Diego Lajedo, coordenador do Estado de Direito, outras mobilizações deverão ser realizadas nas próximas semanas, com o mesmo mote: a defesa do afastamento da presidente Dilma Rousseff. "O povo acordou e está na rua", disse.
Apesar de defender o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o coordenador do Vem para a Rua, Gustavo Gesteira, afirma que o ato de hoje é exclusivo para pedir o impeachment de Dilma. Estão presentes vários políticos dos partidos de oposição ao governo federal. Entre eles os deputados estaduais Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Daniel Coelho (PSDB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB). A Polícia Militar de Pernambucano não divulgou nenhuma estimativa de público do evento.
Salvador
A manhã quente e ensolarada deste domingo, 13, se mostrou bem mais atraente para o banho de mar do que para manifestações de rua em Salvador, onde a Polícia Militar estimou em 500 o número de pessoas que participaram do protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O público foi bem menor que o de eventos anteriores, e que o esperado pelos organizadores dos movimentos Vem Pra Rua e Na Rua.
Os organizadores acreditavam reunir cerca de cinco mil pessoas até as 14 horas no Farol da Barra, onde aconteceram os protestos mas findaram afirmando que entre 1.500 e 2 mil pessoas estiveram no local, pela manhã.
Líderes do Vem Pra Rua garantiram que o objetivo não era realizar uma grande mobilização, mas manter o clima de impeachment na rua. Segundo o movimento, o grande evento popular está marcado para o dia 13 de março de 2016, ou seja, daqui a três meses, em data mais próxima à votação do impeachment.
Vestida de verde e amarelo, a professora Carla Matos de Souza, 48 anos, sempre presente a todos os eventos contra o governo petista, se disse, porém, decepcionada. "A gente esperava que fosse algo mais forte, pelo que vem se falando nos meios de comunicação, nas redes sociais, pela indignação popular com o que estão fazendo contra o Brasil e a classe trabalhadora. Mas quando a gente chega aqui, vê esse numero de pessoas, é triste. Parece que tudo não passa de discurso da boca pra fora", desabafou ao deixar o local, em companhia de outras duas amigas, igualmente decepcionadas, por volta das 13 horas, quando o público começou a se dispersar.
Ela ainda chamou atenção para os representantes de classe que discursaram contra o governo federal, defendendo a continuidade do processo de impeachment e das investigações da Operação Lava Jato. "Ao menos eles vieram dar voz ao evento e aos nossos sentimentos", comentou referindo-se a alguns políticos de partidos de oposição ao governo, e representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos Médicos e outras categorias. No gramado em frente a farol foi estendida uma enorme faixa com a inscrição "Fora, Dilma", para que as pessoas pudessem expressar, por escrito, o seu sentimento sobre o governo Dilma.
Duzentos e sessenta e um policiais militares fizeram a segurança da manifestação, que transcorreu de forma pacífica.
Belém
Em Belém, cerca de cinco mil pessoas, de acordo com a organização, participam da caminhada realizada na manhã deste domingo. Conforme a PM, 1.200 pessoas participam da manifestação. O protesto teve a participação do deputado federal delegado Éder Mauro (PSD-PA) - o PSD faz parte da base aliada do governo e tem o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.
Na capital paraense a manifestação iniciou por volta das 9h30 com caminhada no entorno da Praça da República. Logo no início da movimentação, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a favor do governo Dilma, aparecem no local, o que gerou um princípio de tumulto. A Polícia Militar teve que intervir para controlar a situação.
Com faixas e cartazes contra o atual governo, os manifestantes seguem em direção da Praça Batista Campos, que marca o fim do ato. Ao todo 250 policiais militares realizam a segurança do evento.
Belo Horizonte
A Polícia Militar de Minas Gerais informou agora que, no auge da manifestação pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), por volta das 14h30, cerca de 2 mil pessoas participavam do protesto contra a presidente, que acontece na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital. Na última manifestação contra o governo Dilma, em 16 de agosto, cerca de 6 mil pessoas estiveram na praça.
Políticos do PSDB, casos do deputado estadual João Leite e do deputado federal Rodrigo de Castro, compareceram à praça, mas não fizeram nenhum discurso.
Segundo João Leite, apesar de o protesto ter sido menor que os anteriores, as pessoas estavam muito indignadas. "Quase agridem a gente querendo que façamos alguma coisa. Fiquei consternado", disse o parlamentar.
Porto Alegre
Na capital gaúcha, a concentração para o protesto em defesa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou às 15 horas com uma estrutura pequena e sem estimativa de público por parte dos organizadores. "Preferimos deixar livre não temos previsão, porque sabemos que não vai se comparar aos protestos anteriores", disse Rafael Bandeira, um dos porta-vozes do Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul.
Nos três atos que os movimentos contrários a Dilma realizaram ao longo do ano, Porto Alegre se destacou pela alta adesão. Desta vez, assim como em outras cidades, os organizadores fazem questão de dizer que a mobilização não será algo do porte das que levaram milhares de pessoas às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto. Por isso, a manifestação deste domingo é considerada um "esquenta" para um grande protesto a favor do impeachment que deve ser realizado em 2016, ainda sem data marcada. Por volta das 16h30, a Brigada Militar (BM) estimava a participação de 400 pessoas.
Os outros atos em Porto Alegre começaram e terminaram no Parque Moinhos de Vento, mais conhecido como Parcão, e tiveram passeata pelas ruas da cidade. Hoje, a concentração acontece no Parque Farroupilha, na Redenção. A mudança é para marcar a diferença com relação às manifestações anteriores.
O Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul organizou uma vaquinha online para financiar o evento de hoje. O objetivo era arrecadar R$ 15 mil para confecção de cartazes, panfletos e faixas, além de verba para segurança e carro de som. Até as 15 horas deste domingo, haviam sido doados R$ 3,990 mil.
Rio de Janeiro
Manifestantes que participam neste domingo, na Praia de Copacabana, defendem o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a convocação de novas eleições.
Embora o alvo principal dos ativistas seja o afastamento da presidenta da República, é grande o número de pessoas que defendem a saída do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "A corrupção mata neste país. Tem que tirar todo mundo. Eu temo o Temer. Quero novas eleições", disse a biomédica Ana Lúcia Fragoso Kneip, que levava um cartaz onde estava escrito: "Fora, Renan e Eduardo Cunha", com as siglas PT e PMDB riscadas com um xis.
A professora universitária Silvia Soares também defendia mudanças gerais, com a convocação de novas eleições: "A Dilma é só uma pessoa. Não adianta tirar só ela. O problema é o nosso sistema corrupto. A gente tem que mudar o sistema político. Tem que haver uma cassação de chapa, porque se o Temer foi eleito com dinheiro roubado, ele tem que sair junto com ela [Dilma]. A solução é chamar novas eleições", afirmou.
Para a aposentada Sandra Maria Bernhardt, o principal objetivo é a saída de Dilma da Presidência. "Que a Dilma saia e o Temer assuma, por enquanto. É o que temos para o momento", disse Sandra, que fez questão de comparecer à passeata, apesar do calor forte, em uma cadeira de rodas.
Brasília
Com enterro simbólico do PT no gramado em frente ao Congresso Nacional, milhares de pessoas, vestidas de verde e amarelo, encerraram a manifestação pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. O ato, que começou por volta das 11h, na Esplanada dos Ministérios, pediu ainda o fim da corrupção e a cassação do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O protesto terminou por volta das 13h.
Minutos antes do enterro simbólico, os manifestantes rezaram um Pai-Nosso, cantaram o Hino Nacional e leram em conjunto mensagens direcionadas a parlamentares e a Dilma. "Chegou a hora de provar de que lado vocês estão. Tenham coragem de fazer a vontade de seus eleitores. Votem sim, pelo pedido de impeachment", dizia parte do texto dirigido aos parlamentares.
O ato na capital federal fechou as vias da Esplanada dos Ministérios e reuniu de 5 mil a 6 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), e 30 mil, segundo os organizadores. Os manifestantes seguiram do museu da República até o Congresso Nacional, com faixas contrárias à política fiscal e também a favor da cassação de Cunha. Havia ainda bonecos infláveis do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma, representada com um nariz igual ao do personagem Pinóquio.
Uma das organizadoras Beatriz Kicis, integrante do movimento Revoltados Online e Resgata Brasil, disse que o ato foi a favor da democracia. "Nossa manifestação não tem nada a ver com o AI-5 [baixado em 13 dezembro de 1968 e que deu início ao momento mais duro da ditadura militar]. Marcamos dia 13, porque 13 é o número do PT, que é o partido que queremos derrubar", afirmou.
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A manifestação deste domingo contra a presidente Dilma Rousseff começou por volta das 13h em São Paulo. Até as 14h, o número de pessoas era visivelmente menor do que nas manifestações anteriores na Avenida Paulista.
"A gente já esperava que a manutenção de hoje tivesse menos gente, já que tivemos só dez dias para organizar", diz Rogério Chequer, porta voz do Vem Pra Rua, um dos organizadores do protesto.
"Michel Temer não me agrada, mas é o que está previsto na Constituição. O melhor cenário é a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral", diz Charles Putz, professor de administração da Fundação Getulio Vargas e membro do Vem Pra Rua. Ele discursou com o corpo pintado de verde e amarelo.
Uma das novidades desta manifestação foi a participação da Fiesp que levou para a Avenida Paulista uma orquestra, um pato inflável amarelo gigante, símbolo da campanha contra o aumento de impostos e distribui bexigas para protestar contra a intenção de recriar a CPMF.
Os organizadores dos atos pró-impeachment dizem que, em função do pouco tempo para mobilização, não havia a pretensão de achar que o ato de hoje seria algo do porte que levou milhares de pessoas às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto.
Recife
Em Recife, capital de Pernambuco, a manifestação pró-impeachment reúne, neste momento, cerca de 500 pessoas na praça do Marco Zero, região central da cidade. Na capital pernambucana o ato é coordenado pelos movimentos Estado de Direito, Vem pra Rua e Direita Pernambuco. De acordo com Diego Lajedo, coordenador do Estado de Direito, outras mobilizações deverão ser realizadas nas próximas semanas, com o mesmo mote: a defesa do afastamento da presidente Dilma Rousseff. "O povo acordou e está na rua", disse.
Apesar de defender o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o coordenador do Vem para a Rua, Gustavo Gesteira, afirma que o ato de hoje é exclusivo para pedir o impeachment de Dilma. Estão presentes vários políticos dos partidos de oposição ao governo federal. Entre eles os deputados estaduais Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Daniel Coelho (PSDB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB). A Polícia Militar de Pernambucano não divulgou nenhuma estimativa de público do evento.
Salvador
A manhã quente e ensolarada deste domingo, 13, se mostrou bem mais atraente para o banho de mar do que para manifestações de rua em Salvador, onde a Polícia Militar estimou em 500 o número de pessoas que participaram do protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O público foi bem menor que o de eventos anteriores, e que o esperado pelos organizadores dos movimentos Vem Pra Rua e Na Rua.
Os organizadores acreditavam reunir cerca de cinco mil pessoas até as 14 horas no Farol da Barra, onde aconteceram os protestos mas findaram afirmando que entre 1.500 e 2 mil pessoas estiveram no local, pela manhã.
Líderes do Vem Pra Rua garantiram que o objetivo não era realizar uma grande mobilização, mas manter o clima de impeachment na rua. Segundo o movimento, o grande evento popular está marcado para o dia 13 de março de 2016, ou seja, daqui a três meses, em data mais próxima à votação do impeachment.
Vestida de verde e amarelo, a professora Carla Matos de Souza, 48 anos, sempre presente a todos os eventos contra o governo petista, se disse, porém, decepcionada. "A gente esperava que fosse algo mais forte, pelo que vem se falando nos meios de comunicação, nas redes sociais, pela indignação popular com o que estão fazendo contra o Brasil e a classe trabalhadora. Mas quando a gente chega aqui, vê esse numero de pessoas, é triste. Parece que tudo não passa de discurso da boca pra fora", desabafou ao deixar o local, em companhia de outras duas amigas, igualmente decepcionadas, por volta das 13 horas, quando o público começou a se dispersar.
Ela ainda chamou atenção para os representantes de classe que discursaram contra o governo federal, defendendo a continuidade do processo de impeachment e das investigações da Operação Lava Jato. "Ao menos eles vieram dar voz ao evento e aos nossos sentimentos", comentou referindo-se a alguns políticos de partidos de oposição ao governo, e representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos Médicos e outras categorias. No gramado em frente a farol foi estendida uma enorme faixa com a inscrição "Fora, Dilma", para que as pessoas pudessem expressar, por escrito, o seu sentimento sobre o governo Dilma.
Duzentos e sessenta e um policiais militares fizeram a segurança da manifestação, que transcorreu de forma pacífica.
Belém
Em Belém, cerca de cinco mil pessoas, de acordo com a organização, participam da caminhada realizada na manhã deste domingo. Conforme a PM, 1.200 pessoas participam da manifestação. O protesto teve a participação do deputado federal delegado Éder Mauro (PSD-PA) - o PSD faz parte da base aliada do governo e tem o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.
Na capital paraense a manifestação iniciou por volta das 9h30 com caminhada no entorno da Praça da República. Logo no início da movimentação, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a favor do governo Dilma, aparecem no local, o que gerou um princípio de tumulto. A Polícia Militar teve que intervir para controlar a situação.
Com faixas e cartazes contra o atual governo, os manifestantes seguem em direção da Praça Batista Campos, que marca o fim do ato. Ao todo 250 policiais militares realizam a segurança do evento.
Belo Horizonte
A Polícia Militar de Minas Gerais informou agora que, no auge da manifestação pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), por volta das 14h30, cerca de 2 mil pessoas participavam do protesto contra a presidente, que acontece na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital. Na última manifestação contra o governo Dilma, em 16 de agosto, cerca de 6 mil pessoas estiveram na praça.
Políticos do PSDB, casos do deputado estadual João Leite e do deputado federal Rodrigo de Castro, compareceram à praça, mas não fizeram nenhum discurso.
Segundo João Leite, apesar de o protesto ter sido menor que os anteriores, as pessoas estavam muito indignadas. "Quase agridem a gente querendo que façamos alguma coisa. Fiquei consternado", disse o parlamentar.
Porto Alegre
Na capital gaúcha, a concentração para o protesto em defesa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou às 15 horas com uma estrutura pequena e sem estimativa de público por parte dos organizadores. "Preferimos deixar livre não temos previsão, porque sabemos que não vai se comparar aos protestos anteriores", disse Rafael Bandeira, um dos porta-vozes do Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul.
Nos três atos que os movimentos contrários a Dilma realizaram ao longo do ano, Porto Alegre se destacou pela alta adesão. Desta vez, assim como em outras cidades, os organizadores fazem questão de dizer que a mobilização não será algo do porte das que levaram milhares de pessoas às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto. Por isso, a manifestação deste domingo é considerada um "esquenta" para um grande protesto a favor do impeachment que deve ser realizado em 2016, ainda sem data marcada. Por volta das 16h30, a Brigada Militar (BM) estimava a participação de 400 pessoas.
Os outros atos em Porto Alegre começaram e terminaram no Parque Moinhos de Vento, mais conhecido como Parcão, e tiveram passeata pelas ruas da cidade. Hoje, a concentração acontece no Parque Farroupilha, na Redenção. A mudança é para marcar a diferença com relação às manifestações anteriores.
O Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul organizou uma vaquinha online para financiar o evento de hoje. O objetivo era arrecadar R$ 15 mil para confecção de cartazes, panfletos e faixas, além de verba para segurança e carro de som. Até as 15 horas deste domingo, haviam sido doados R$ 3,990 mil.
Rio de Janeiro
Manifestantes que participam neste domingo, na Praia de Copacabana, defendem o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a convocação de novas eleições.
Embora o alvo principal dos ativistas seja o afastamento da presidenta da República, é grande o número de pessoas que defendem a saída do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "A corrupção mata neste país. Tem que tirar todo mundo. Eu temo o Temer. Quero novas eleições", disse a biomédica Ana Lúcia Fragoso Kneip, que levava um cartaz onde estava escrito: "Fora, Renan e Eduardo Cunha", com as siglas PT e PMDB riscadas com um xis.
A professora universitária Silvia Soares também defendia mudanças gerais, com a convocação de novas eleições: "A Dilma é só uma pessoa. Não adianta tirar só ela. O problema é o nosso sistema corrupto. A gente tem que mudar o sistema político. Tem que haver uma cassação de chapa, porque se o Temer foi eleito com dinheiro roubado, ele tem que sair junto com ela [Dilma]. A solução é chamar novas eleições", afirmou.
Para a aposentada Sandra Maria Bernhardt, o principal objetivo é a saída de Dilma da Presidência. "Que a Dilma saia e o Temer assuma, por enquanto. É o que temos para o momento", disse Sandra, que fez questão de comparecer à passeata, apesar do calor forte, em uma cadeira de rodas.
Brasília
Com enterro simbólico do PT no gramado em frente ao Congresso Nacional, milhares de pessoas, vestidas de verde e amarelo, encerraram a manifestação pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. O ato, que começou por volta das 11h, na Esplanada dos Ministérios, pediu ainda o fim da corrupção e a cassação do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O protesto terminou por volta das 13h.
Minutos antes do enterro simbólico, os manifestantes rezaram um Pai-Nosso, cantaram o Hino Nacional e leram em conjunto mensagens direcionadas a parlamentares e a Dilma. "Chegou a hora de provar de que lado vocês estão. Tenham coragem de fazer a vontade de seus eleitores. Votem sim, pelo pedido de impeachment", dizia parte do texto dirigido aos parlamentares.
O ato na capital federal fechou as vias da Esplanada dos Ministérios e reuniu de 5 mil a 6 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), e 30 mil, segundo os organizadores. Os manifestantes seguiram do museu da República até o Congresso Nacional, com faixas contrárias à política fiscal e também a favor da cassação de Cunha. Havia ainda bonecos infláveis do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma, representada com um nariz igual ao do personagem Pinóquio.
Uma das organizadoras Beatriz Kicis, integrante do movimento Revoltados Online e Resgata Brasil, disse que o ato foi a favor da democracia. "Nossa manifestação não tem nada a ver com o AI-5 [baixado em 13 dezembro de 1968 e que deu início ao momento mais duro da ditadura militar]. Marcamos dia 13, porque 13 é o número do PT, que é o partido que queremos derrubar", afirmou.
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Jaques Wagner: 'Impeachment exclusivamente político é golpe'
Agência Estado/DomTotal.com
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