sexta-feira, 8 de abril de 2016

Papa reconhece segundo milagre de madre Teresa de Calcutá

REUTERS/RUPAK DE CHOWDHURI
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A madre será feita santa a 4 de setembro de 2016. Canonização será pública em fevereiro

O papa assinou na quinta-feira o decreto que autoriza a canonização da madre Teresa de Calcutá, que vai subir aos altares como santa em setembro, informou esta sexta-feira o diário católico Avvenire.

O papa Francisco reconheceu um segundo milagre atribuído a Madre Teresa de Calcutá, abrindo caminho à canonização, conforme anunciou o Vaticano, depois desta falecida religiosa ter sido beatificada em 2003. Nesse ano, o Vaticano considerou um milagre a cura de um tumor no abdómen de uma mulher indiana depois de colocar um medalhão com uma foto da freira.

A canonização da madre Teresa de Calcutá foi aprovada por unanimidade após o seu segundo milagre ter sido reconhecido: a "cura extraordinária" de um homem brasileiro em 2008, que se encontrava em fase terminal por graves problemas cerebrais.

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A madre será feita santa a 4 de setembro de 2016, no âmbito do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, e a canonização da beata Teresa de Calcutá será pública em fevereiro, durante o Consistório ordinário.

"O Santo Padre autorizou a Congregação para a Causa dos Santos a promulgar os decretos relativos ao milagre atribuído intercessão da bem-aventurada Teresa de Calcutá", refere o Vaticano num comunicado hoje divulgado.

O alegado milagre ocorreu em dezembro daquele ano, quando o doente, em coma, ia ser operado, mas devido a problemas técnicos a intervenção cirúrgica teve de ser adiada por meia hora.

Ao voltar à sala de operações, segundo o jornal Avvenire, o médico encontrou o doente sentado, desperto, perfeitamente consciente e a perguntar o que fazia ali.

O médico explicou durante a fase de estudo deste suposto milagre que "nunca viu um caso como este" e que todos os doentes com os mesmos problemas que já tinha tratado em 17 anos de profissão tinham morrido.

As análises sucessivas ao doente revelaram a cura da patologia cerebral num curto espaço de tempo e sem sequelas, pelo que o homem pôde retomar a sua vida e trabalho.

As provas testemunhais durante o processo de estudo do caso referem que as pessoas próximas do doente rezaram muito a Madre Teresa, de quem a respetiva esposa era especialmente devota.

Entretanto, a Ordem das Missionárias da Caridade celebrou hoje, a partir da cidade indiana de Calcutá, o anúncio de que a sua fundadora vai subir aos altares.

"Estamos muito felizes e agradecidas. Soubemos da notícia esta manhã", disse à Efe a porta-voz da congregação em Calcutá, a irmã Christie.

Inés Gonxha Bojaxhiu, nome de Madre Teresa, nasceu a 26 de agosto de 1910 em Skopje, capital da atual república da Macedónia, no seio da comunidade albanesa. Durante meio século levou a cabo um trabalho social em Calcutá com as Missionárias da Caridade, a congregação que fundou depois de uma experiência mística e, em 1979, foi distinguida com o Nobel da Paz.

As Missionárias da Paz contam hoje com cerca de 4.500 religiosas que trabalham em mais de 130 países, onde têm 710 casas para assistir os mais pobres e doentes.

Madre Teresa de Calcutá morreu a 5 de setembro de 1997 aos 87 anos na sede das Missionárias da Caridade, onde morava.

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