A missão da Igreja de Cristo no mundo só é possível de ser realizada quando há a unidade.
A unidade da Igreja, para a realização de sua missão, é, também, fruto do diálogo.
Por Felipe Magalhães Francisco*
A missão da Igreja é a de anunciar a Boa-Notícia, trazida por Jesus, ao mundo. Essa Boa-Notícia é a chegada do Reino, que vem inaugurado por Jesus Cristo, o Filho de Deus que faz morada, existencialmente, entre os seres humanos. Quem, então, é essa Igreja? São os que, pelo batismo, participam da vida e missão de Jesus, configurando-se a ele em sua morte-ressurreição. Tudo isso por ação do Espírito Santo.
No Credo Apostólico, comum às tradições cristãs, a profissão de fé no Espírito Santo, terceira Pessoa da Trindade, é imediatamente seguida pela adesão de fé à Igreja, comunidade reunida no amor de Cristo, em louvor ao Pai, por meio do Espírito Santo. Sem o Espírito, portanto, não há Igreja: ele é o responsável por animar os discípulos e discípulas de Jesus em sua missão, na pluralidade de dons e carismas. A Igreja tem muitos rostos, pois revela a vivacidade do Espírito de Deus. Sobre isso, preparamos um artigo, de nossa autoria, para aludir a esse tema:Pluralidade: casa do diálogo.
Porque a Igreja é congregada pelo Espírito Santo, a Semana de Oração pela Unidade Cristã tem seu findar na Solenidade de Pentecostes, que no calendário litúrgico ocorreu no dia 15 deste mês. Ao longo de toda a semana que antecedeu à Solenidade de Pentecostes, as Igrejas cristãs se uniram, em comum oração, para pedir ao Espírito, fonte de unidade na diversidade, que fossem capazes deProclamar os altos feitos do Senhor. O tema da Semana nesse ano, portanto, alude à missão da Igreja de Cristo, no mundo, que só é possível de ser realizada, quando há a unidade, fruto da fé e da comunhão.
Essa unidade é, também, fruto do diálogo. Para aprofundar a reflexão nessa importante questão, o doutorando em Teologia, Fabrício Veliq, propõe-nos um interpelador artigo, no qual levanta a pergunta: Será que realmente estamos dispostos a dialogar? No artigo, nosso autor recorre à questão do Espírito Santo, para fomentar um diálogo ecumênico e, inclusive, um diálogo inter-religioso. Afinal, é o Espírito Santo o que opera, no mundo, as maravilhas do Reino de Deus.
A fé em Jesus Cristo é o motor que impulsiona os cristãos e cristãs a proclamarem os altos feitos do Senhor. Mas, qual o lugar de Jesus no mistério da salvação? Contribui com nossa reflexão, o doutorando em Ciências da Religião, Edward Neves Guimarães, com o artigo: Jesus Cristo: muro ou ponte para o diálogo ecumênico? No artigo, o autor propõe um olhar histórico, situando o cristianismo no anúncio da salvação, abordando diversas etapas da compreensão do paradigma de Jesus como mediador da salvação.
Boa leitura!
*Felipe Magalhães Francisco é mestre em Teologia, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Coordena a Comissão Arquidiocesana de Publicações, da Arquidiocese de Belo Horizonte. Coordena, ainda, a Editoria de Religião deste portal. É autor do livro de poemas Imprevisto (Penalux, 2015).
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