A compaixão de Deus pela
humanidade e pelo planeta faz-se mais do que necessária às pessoas de boa
vontade, inspiradas na reação de Jesus, na sua enorme e radicalmente
sensibilidade ao sofrimento das pessoas. O ensinamento vem de Jesus na aldeia
de Naim, diante da viúva em trágica situação, no contexto de uma sociedade em
que o controle era exercido por homens. O Filho de Deus se deparou com uma
mulher envolvida em profunda dor, não lhe dizendo nada, só chorando, para
externar seu abatimento, pelo filho que tinha acabado de morrer.

Igualmente, vemos o mesmo Deus,
radicalmente presente na dor, angústia e gemido do planeta, pela devastação
ambiental, ao mesmo tempo a clamar, a exemplo da viúva de Naim, por uma
compaixão dadivosa e misericordiosa, diante da poluição alarmante do nosso
mundo, pelos gazes e fumaça na atmosfera, deixando comprometida a camada de
ozônio, num crescente processo de aquecimento global.
E aqui no nosso Brasil também não
fugimos dessa realidade da vida ambiental, pela Mata Atlântica, Floresta
Amazônica, Semiárido e Cerrado, com evidentes sinais de redução contínua e
comprometimento do seu rico potencial, não esquecendo a biodiversidade, o
tráfico de animais silvestres, etc.
Aos olhos da fé, percebemos a mão
de Deus, num mundo demasiadamente sofrido, comparado com o da época vivida por
aquele que temos a honra de tê-lo como patrono do meio ambiente: São Francisco
de Assis.
Quando alhures dissemos em artigo
que toda civilização necessita de figuras exemplares, modelos e referenciais,
as quais mostrassem concretamente ao mundo grandes sonhos e utopias, numa
palavra, e os valores últimos, em termos de sustentar as motivações dos seres
humanos, na sua relação e ação com Deus e seus semelhantes, com a natureza ou
meio ambiente, aproximava-nos de uma inspiração; parece até que antevíamos a
grande novidade ou presente que o mundo acolheu carinhosamente (13/03/2013),
com a eleição do Papa Francisco.
*Pároco
de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência Sacerdotal, integra
a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - geovanesaraiva@gmail.com
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