Por Charles Mascarenhas
Quando questionado sobre uma pessoa chamada Lia, sua memória reascende e ele resolve investigar seu passado. É dessa forma que, ao tentar montar uma peça de teatro com os fragmentos relembrados, Telmo vai sentindo quão doloroso foi o período que viveu na ditadura, razão que o levou a forçar o esquecimento e junto com isso um grande amor.
Nesse filme da diretora Tata Amaral, que dirigiu o longa Hoje (2011), traz à tona as questões da ditadura militar. O diretor de teatro, Telmo, conduz os atores em cena com o intuito de mostrá-los o que era viver sob um governo opressor e para que eles pudessem encarnar personagens verdadeiros.
À medida que Telmo vai se lembrando do que aconteceu, novos jogos são propostos aos atores, que muitas vezes confrontam o diretor sobre a veracidade da história proposta, bem como questionam se seria correto ter personagens assaltantes e sequestradores em nome das ideologias políticas defendidas. Esses diálogos são bem interessantes, pois trazem alguns discursos reproduzidos hoje em dia.
O filme estreou em um momento que se discute a democracia no país, conquistada arduamente, deixando claro que as feridas causadas pela ditadura, ainda estão abertas.
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Charles Mascarenhas
Graduando em cinema e audiovisual pela PUC-Minas e estudante de cursos livres de teatro.
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