sexta-feira, 17 de junho de 2016

Papa: “Debaixo das lágrimas e do sangue há um rosto luminoso”

O Papa recebe a Assembléia da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais e convidou-lhes a respeitar o direito de cada um, sem divisão e favorecendo a comunhão

150615-05-740x493
PHOTO.VA
O Papa Francisco recebeu hoje os participantes da Assembléia da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO). O Santo Padre agradeceu-lhes o “zelo que colocam na realização da missão que lhes foi confiada e pela atenção às necessidades dos nossos irmãos do Oriente”.
Durante o seu discurso, o Papa indicou que durante as restaurações em Belém, em uma parede da nave, descobriu-se um sétimo anjo em mosaico que, junto com os outros seis, forma uma espécie de procissão rumo ao lugar que comemora o mistério do nascimento do “Verbo feito carne”. Este fato – observou – nos faz pensar que também o rosto das nossas comunidades eclesiais pode estar coberto de “sujeiras” devido a vários problemas ou pecados.
Por isso, lembrou aos presentes que o seu trabalho deve ser sempre guiado pela certeza de que, debaixo das sujeiras materiais ou morais, também debaixo das lágrimas e do sangue provocados pela guerra, a violência e a perseguição, debaixo dessa capa que parece impenetrável, existe um rosto luminoso como esse do anjo do mosaico. “E todos os presentes, com os seus projetos e ações, cooperam para esta “restauração” para que “o rosto da Igreja reflita visivelmente a luz de Cristo Verbo encarnado”. Ele – destacou o Santo Padre – é a nossa paz e bate à porta do nosso coração no Oriente Médio, bem como na Índia ou na Ucrânia.
Como recorda Francisco, participam desta assembleia os representantes pontifícios em Jerusalém, Líbano, Síria, Iraque e Jordânia e Ucrânia, os quais “acompanham a vida das Igrejas e dos povos desses países, aproximando-as do Papa e da Santa Sé, por meio de encontros, mas também gestos concretos de caridade”. Ademais, aproveitou a ocasião para cumprimentar de maneira especial o padre Francesco Patton, que substituiu o padre Pierbattista Pizzaballa como Custódio da Terra Santa.
Também expressou simpatia e apreço a todos os Frades Menores que durante séculos garantem a manutenção dos Lugares Santos e dos Santuários. Neste contexto, o Santo Padre desejou que, com a ajuda generosa de muitos, se terminem os trabalhos de restauração da Basílica da Natividade e do Santuário do Santo Sepulcro, também com a contribuição de outras comunidades cristãs.
Por outro lado, o Papa explicou que a reflexão que nestes dias quiseram dedicar às presenças das Igrejas Siro-Malabar e Siro-Malankara em territórios da Índia, lhe faz desejar que seja possível proceder segundo as indicações dos seus antecessores, “no respeito do direito de cada um, sem espírito de divisão, mas favorecendo a comunhão no testemunho do único Salvador Jesus Cristo”.
Esta comunhão, em cada parte do mundo onde os católicos latinos e orientais vivem juntos, “precisa das riquezas espirituais do Ocidente e Oriente, às quais podem responder as jovens gerações de sacerdotes, religiosas e religiosos e trabalhadores pastorais”.
Para concluir seu discurso, o Santo Padre pediu orações por ele e pela sua iminente viagem à Arménia, primeira entre as nações em acolher o Evangelho de Jesus.
Zenit

Nenhum comentário:

Postar um comentário