Artigo da Arquidiocese de Fortaleza •
Pe. Brendan Coleman Mc Donald*
É notória hoje a tendência à inversão de sentido da experiência religiosa. Quer dizer, a religião em lugar de ser uma forma de reconhecimento, adoração, louvor e entrega ao Criador, é vista numa ótica utilitarista onde o crente busca bem-estar interior, cura de males ou doenças, sucesso na vida dos negócios e prosperidade etc. A chamada “teologia da prosperidade” é muita procurada por pessoas hoje em dia e explorada pela mídia. A meu ver, esta falsa teologia está banalizando a religião a reduzindo ao um mero espetáculo para entretenimento do público. Em nossa sociedade laicista crescem também a tendência de considerar religião como assunto privado e achar manifestações públicas em matéria de moral e ética inoportunas.
Infiltrou também em novas religiões, influenciada por certas escolas psicológicas, a crença que todos são inocentes e bons e ninguém deve sentir pecador ou culpado. Porém, mais nocivo ainda são as religiões que atribuem toda culpa aos demônios, espíritos malignos, encostos, possessão demoníaco etc. assim enganando pessoas simples e de pouca instrução formal. Finalmente, crescem movimentos religiosos autônomos através de proselitismo televisivo, enganando muitas pessoas com a chamada “teologia da prosperidade” que deturpa textos bíblicos. Realmente é fácil ver o crescimento hoje do individualismo e subjetivismo na área de religião no Brasil.
*Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1
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