São 42 livros traduzidos para dez idiomas.
Às vésperas dos 80 anos, ele retoma romance parado.
O escritor Ignácio de Loyola Brandão recebeu nesta quarta-feira (20) o prêmio Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras.
A Academia comemora 119 anos. E a sessão especial começou com as palavras de Machado de Assis, no discurso que ele criou para a inauguração da ABL.
Estes senhores cultivam a tradição e também o desejo de manter contato com as novas gerações.
“Nós temos aqui já uma presença marcante na internet. A academia, então, está inserida nessa abertura dela para a contemporaneidade, ela está atenta a essa manifestação”, disse Domício Proença Filho, presidente da ABL
E no dia de festa, a entrega do prêmio Machado de Assis. Desta vez, Ignácio de Loyola Brandão foi o eleito pelo conjunto da obra: 42 livros de contos, crônicas, literatura infanto-juvenil e romances, traduzidos para mais de dez idiomas.
A notícia do prêmio foi recebida com tanta alegria pelo vencedor que serviu de estímulo para ele retomar um romance parado há mais de um ano. Ignácio de Loyola Brandão conta que voltou a escrever com o entusiasmo de menino.
Do menino de 9 anos que criou um final diferente pra história da Branca de Neve.
“Eu matei os anões. A classe quando acabou deu uma gargalhada e todos viraram e me olharam. Quando o final de uma história espanta e surpreende, ela foi bem-sucedida. E eu uso isso até hoje”, diz o escritor.
O reconhecimento foi um presente especial para o escritor paulista, que daqui a 11 dias completa 80 anos de vida.
“Eu tenho mil projetos ainda. Aos 80 anos. Meus amigos de Araraquara me encontram e dizem: ‘Já aposentou’? Eu não tenho como aposentar, porque estou cheio de personagens ali dentro”, conclui o Ignácio de Loyola Brandão.
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