Por Charles Mascarenhas
O cinema iraniano tem se tornado cada vez mais conhecido internacionalmente. Especialmente, porque as novas produções iranianas ousam tratar de temas que ainda são tabus naquela sociedade.
Essas novas produções sãochamadas de“Novo Cinema Iraniano”. Nelas, os diretores e diretoras utilizam do cinema como um instrumento de transformação social e retratam de maneira simples histórias do cotidiano.
Prova disso são os filmes: Persépolis, de Marjane Strapi (2007), A Fonte das Mulheres, de Radu Mihaileanu (2011), e o celebrado A Separação, de Asghar Farhadi. A Separaçãoganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2012. Este filme aborda o tema do divórcio, e tem como ponto central da narrativa um casal que decidem se separar por conta da divergência de opiniões.
É nesse contexto, que a cineasta Ida Panahandeh realiza seu primeiro longa- metragem, Nahid, título do filme e personagem vivida por Sareh Bayat. Nahid é uma jovem mãe divorciada, que luta contra o preconceito de uma sociedade machista e patriarcal para viver uma outra paixão abertamente e, além disso, luta de todas as maneiras para criar o filho de forma independente.
As ideias de Nahid são inconcebíveis na sociedade onde ela vive. As leis do Irã privilegiam a custódia dos filhos ao pai. Contudo, em acordo com o ex- marido, Ahmad (Navid Mohamm Zadeh), ele concede a guarda do filho à mãe, com uma condição: Nahid nunca poderia se casar novamente.
Dentre as leis persas, algumas privilegiam os homens, por exemplo o divorcio que só é concedido mediante a autorização do marido e o casamento temporário, que tem validade de dias ou meses, sem precisar mudar o estado civil nos documentos de identidade, no entanto, precisam do consentimento do ex-marido.
Essas formas antidemocráticas fazem com que Nahid tenha medo de assumir um relacionamento publicamente, com receio de perder a tutela do filho. Porém, Ahmad começa a desconfiar da ex-mulher e descobre que ela estava casada temporariamente com Mas’ood (Pejman Bazeghi). Ela descumpriu o acordo, e tem seu filho levado embora.
Isso se torna um escândalo entre as famílias que a criança pertence. Agora Nahid precisa ser “boa moça” para ter seu filho de volta.
Apesar de não aprofunda na vida dos outros personagens, Nahid é um filme belíssimo, que nos traz um recorte do que é ser mulher na sociedade Iraniana, questionando a frágil posição delas, já que os valores e leis parecem não lhes favorecerem.
Essas novas produções sãochamadas de“Novo Cinema Iraniano”. Nelas, os diretores e diretoras utilizam do cinema como um instrumento de transformação social e retratam de maneira simples histórias do cotidiano.
Prova disso são os filmes: Persépolis, de Marjane Strapi (2007), A Fonte das Mulheres, de Radu Mihaileanu (2011), e o celebrado A Separação, de Asghar Farhadi. A Separaçãoganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2012. Este filme aborda o tema do divórcio, e tem como ponto central da narrativa um casal que decidem se separar por conta da divergência de opiniões.
É nesse contexto, que a cineasta Ida Panahandeh realiza seu primeiro longa- metragem, Nahid, título do filme e personagem vivida por Sareh Bayat. Nahid é uma jovem mãe divorciada, que luta contra o preconceito de uma sociedade machista e patriarcal para viver uma outra paixão abertamente e, além disso, luta de todas as maneiras para criar o filho de forma independente.
As ideias de Nahid são inconcebíveis na sociedade onde ela vive. As leis do Irã privilegiam a custódia dos filhos ao pai. Contudo, em acordo com o ex- marido, Ahmad (Navid Mohamm Zadeh), ele concede a guarda do filho à mãe, com uma condição: Nahid nunca poderia se casar novamente.
Dentre as leis persas, algumas privilegiam os homens, por exemplo o divorcio que só é concedido mediante a autorização do marido e o casamento temporário, que tem validade de dias ou meses, sem precisar mudar o estado civil nos documentos de identidade, no entanto, precisam do consentimento do ex-marido.
Essas formas antidemocráticas fazem com que Nahid tenha medo de assumir um relacionamento publicamente, com receio de perder a tutela do filho. Porém, Ahmad começa a desconfiar da ex-mulher e descobre que ela estava casada temporariamente com Mas’ood (Pejman Bazeghi). Ela descumpriu o acordo, e tem seu filho levado embora.
Isso se torna um escândalo entre as famílias que a criança pertence. Agora Nahid precisa ser “boa moça” para ter seu filho de volta.
Apesar de não aprofunda na vida dos outros personagens, Nahid é um filme belíssimo, que nos traz um recorte do que é ser mulher na sociedade Iraniana, questionando a frágil posição delas, já que os valores e leis parecem não lhes favorecerem.
Confira o trailer:
Charles Mascarenhas
Graduando em cinema e audiovisual pela PUC-Minas e estudante de cursos livres de teatro.
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