
9 de Dezembro de 2016
Falta um plano econômico ao governo Temer. Nenhum país cresce cortando gastos públicos. É preciso algo mais.
Depois de sete meses de vida em comum o PSDB já percebeu que embarcou numa canoa furada. Não adianta nada comandar ministérios importantes sem participar do mais importante deles, o da Fazenda.
Não adianta nada aliar-se a um governo que caminha celeremente rumo ao fracasso.
Com Imbassahy no lugar de Geddel os tucanos colocariam o pé na porta do Palácio do Planalto.
Apenas o primeiro.
Porque o segundo será comandar a economia. E se Temer não abrir mão de Meirelles a aliança com o PSDB corre risco.
O centrão está em pé de guerra por saber que o aumento da influência do PSDB vai implicar em seu enfraquecimento, pois seus representantes são aliados do PMDB e não dos tucanos.
Se os tucanos transformarem Temer em rainha da Inglaterra o baixo clero só tem a perder. Vai murchar e voltar ao ostracismo, de onde nunca deveria ter saído. E só saiu para derrubar uma presidente que estava atrapalhando seus planos.
Está ficando claro que Meirelles não só não tem um plano para fazer o país voltar a crescer como não tem a cara de quem pode fazer isso.
A economia também se anima se o rosto que a representa transmitir energia, confiança e otimismo, o que não combina nem um pouco com a expressão cinzenta do atual ministro. Ele não desperta nem confiança, nem entusiasmo, nem alegria. Não tem o menor charme.
Tais qualidades fazem parte do perfil de FHC. Mesmo ser economista (e talvez por isso mesmo) ele foi o ministro da Fazenda que, no governo Itamar derrubou a inflação obscena do governo Sarney, depois de nove anos de fracassos de outros ministros.
O feito não se deve aos seus conhecimentos de economia e sim à sua capacidade de reunir os economistas certos no momento certo e ter a coragem de fazer a aposta certa.
Antes de se conjecturar se ele pode ou não ser o sucessor de Temer no caso deste cair no ano que vem = o que não é provável, pois mesmo que o TSE casse a chapa Dilma-Temer cabem inúmeros recursos até a cassação se consumar, o que levará bem mais tempo do que o mandato que lhe resta - deve se considerar a possibilidade de ele assumir mais uma vez o ministério da Fazenda.
O governo se dividiria em dois: FHC na seara econômica e Temer na seara política.
Meirelles já deu o que tinha que dar.
https://www.brasil247.com/pt/blog/alex_solnik/269631/FHC-no-lugar-de-Meirelles.htm
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