Padre Geovane Saraiva*
O dia 1º de maio, memória de São
José, carpinteiro de Nazaré e protetor dos operários, faz-nos perceber o valor
do trabalho, querendo Deus a realização da criatura humana. É a Igreja que
reconhece a dignidade do trabalho humano, em concomitância com o crescimento e realização das pessoas, pelo exercício do trabalho, tendo diante dos
olhos, na mente e no coração, o plano salvífico de Deus. A esperança do Reino
de Deus motiva-nos, faz-nos descruzar os braços, desinstalarmo-nos e não ficar
alheios diante dos concretos desafios da vida, sejam eles na ordem material ou
espiritual.
A esperança proclamada por Jesus
de Nazaré transcende e vai muito além da esperança terrena. Evidentemente, ela
será abundante e terá sua plenitude com o esplendor da glória de Deus, no final
dos tempos. Na mesma esperança, o Papa, ao instituir o Dia de São José Operário
no mundo católico, o quis como protetor e modelo de todos os trabalhadores,
enaltecendo-os com a “dignidade do trabalho”.
A vida requer coragem, colocando,
evidentemente, os frutos do trabalho de mulheres e homens no esforço constante
pelo sustento à vida, dom e graça de Deus. Que não esqueçamos jamais do
cumprimento da esperança terrena, na busca por justiça, solidariedade e paz,
sendo Deus mesmo o condutor da história das pessoas de boa vontade, conduzindo-as,
na esperança, ao definitivo: o Reino de Deus.
São José Operário quer ensinar as
mulheres e os homens do nosso tempo a se convencerem de que estão no caminho
certo, pela árdua tarefa do trabalho, respeitando e preservando a obra da
criação. O desejo de Pio XII claro que ia em direção à conquista da paz social,
na sonhada busca dos ideais cristãos, no respeito pela criatura humana, imagem
e semelhança de Deus. Amém!
*Padre, Jornalista, Colunista e Pároco de Santo Afonso,
Parquelândia, Fortaleza-CE. Da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza geovanesaraiva@gmail.com
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