quarta-feira, 19 de junho de 2019

Moro deve ir ao Senado nesta quarta-feira para explicar mensagens divulgadas por site


O ministro da Justiça, Sergio Moro — Foto: Rafael Marchante/Reuters
The Intercept revelou mensagens atribuídas a Moro e a integrantes da força-tarefa Lava Jato. Segundo site, então juiz orientou atuação de procuradores; Moro e o Ministério Público negam.
Por Filipe Matoso e Sara Resende, G1 e TV Globo — Brasília

 O ministro da Justiça, Sergio Moro — Foto: Rafael Marchante/Reuters O ministro da Justiça, Sergio Moro — Foto: Rafael Marchante/Reuters
O ministro da Justiça, Sergio Moro — Foto: Rafael Marchante/Reuters

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, deve participar de uma audiência nesta quarta-feira (19) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para explicar as mensagens atribuídas a ele em conversas com procuradores da Lava Jato.

A participação de Moro na audiência foi anunciada na semana passada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Nesta terça (18), a assessoria do Ministério da Justiça confirmou que o ministro irá à CCJ.

O site The Intercept tem revelado nos últimos dias mensagens que, segundo o site, mostram que Sérgio Moro orientou a atuação de integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

De acordo com o site, em uma dessas mensagens, por exemplo, Moro disse a Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, que os procuradores precisavam responder ao "showzinho" da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em outra mensagem, ainda segundo o site, Moro questionou a Dallagnol: "Não é muito tempo sem operação?". Ainda segundo o The Intercept, Sergio Moro também questionou Dallagnol sobre uma investigação relacionada ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, acrescentando: "Melindra alguém cujo apoio é importante".

Desde que as mensagens passaram a ser reveladas, Moro tem negado que orientou a atuação dos procuradores. Tem dito também que houve "invasão criminosa de celulares".


Quando as primeiras mensagens foram reveladas, o Ministério Público Federal divulgou uma nota afirmando que a atuação dos integrantes do órgão foi "revestida de legalidade, técnica e impessoalidade".

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