Foto: Mídia Ninja.
A política é a arte de “juntar garrafas” (apoios). Quanto mais as tiver, mais força tem o agente. No caso da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ela tem perdido esses importantes objetos para continuar no cargo. Cada frente de batalha que a moça abre, várias garrafas são quebradas. Vide o escândalo de Deltan Dallagnol, o ainda coordenador da força-tarefa Lava Jato, em Curitiba.
Atualmente, Deltan não acrescenta nenhuma “garrafa” a ninguém. Pelo contrário. Ele somente subtrai. É um “peso morto” [por favor, não confundir com a nova moeda anunciada por Bolsonaro e Macri para o Mercosul] na política jurisdicional, qual seja, na escolha do novo mandachuva para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Dodge tem sido pendular porque ela pisa em ovos. Não pode contrariar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), alvos de investigação clandestina da Lava Jato, mas também não pode zangar os subprocuradores que são seus comandados. Se se agarrar aos primeiros, perde apoio dos segundos.
Para piorar o cenário eleitoral da procuradora-geral, é preciso agradar também o presidente Jair Bolsonaro (PSL). É ele quem tem o poder da caneta. O ‘Coiso’ pode reconduzi-la, mas há pressão para que ele obedeça a lista tríplice da ANPR, a associação dos procuradores da República.
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