quarta-feira, 29 de abril de 2020

Joice acusa Bolsonaro de ‘chavismo’

Ex-bolsonarista, Joice acusa Bolsonaro de ‘chavismo’
A deputada Joice Hasselmann foi uma das principais ativistas do golpe contra a presidente Dilma Rousseff e da campanha de Jair Bolsonaro. Até outubro do ano passado, foi líder do governo no Congresso, quando foi retirada do cargo após atritos com o presidente e seu clã. Agora na oposição, pede o impeachment ou a renúncia do titular do Planalto sob acusação de autoritarismo, o que para ela é "chavismo"
29 de abril de 2020, 04:56 h Atualizado em 29 de abril de 2020

Joice Hasselmann
Joice Hasselmann (Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil)

247 - A ex-bolsonarista Joice Hasselmann, considera que o titular do Palácio do Planalto tenta interferir na Polícia Federal ao colocar um amigo da família no cargo de diretor-geral. “Por isso, antes que o Brasil caia num chavismo de verdade com o sinal trocado, eu propus o processo de impeachment”, diz.

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Em entrevista na Folha de S.Paulo à jornalista Julia Chaib, Joice acusa Bolsonaro de ter como objetivo proteger seus filhos, inclusive o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), apontado em investigação da Polícia Federal como um dos articuladores de um esquema de disparos de fake news.

Joice diz ter entregue ao STF dados que mostram como o “gabinete do ódio” opera nos estados e provas de que os articuladores dessa rede atuam com “calendários de ataques”, escolhendo vítimas de determinados períodos. Joice alerta que agora a vítima vai ser o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, lembrando que ela própria voi alvo de uma tal campanha durante meses. 

Para Joice, Bolsonaro tenta transformar PF e o Ministério da Justiça numa coisa só e comandado pela mesma pessoa, que é ninguém mais ninguém menos que ele próprio presidente da República.

Militante da direita, a deputada do PSL diz que isso não é democracia, é chavismo. "Por isso, antes que o Brasil caia num chavismo de verdade com o sinal trocado, eu propus o processo de impeachment. Ainda que eu ache que o melhor caminho é a renúncia, mais rápido e menos doloroso".

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