Pe. Geovane Saraiva*
Deus quer de seus filhos a mesma humanidade do santo de Assis, pela doçura, ou docilidade, no diálogo, ao considerar as pessoas, dando o nome de irmão e irmã, também o passarinho da árvore, o Sol, a Lua, as estrelas. (...) O assunto, ou pauta constante dos cristãos, deveria ser a síntese do exterior com o interior, no cuidado com os seres existentes, sem jamais se apropriar, querendo tirar ou levar vantagem em tudo. Ele propõe como lógica um mundo ideal, do sombrio ao luminoso, das decepções e de tudo o que parece obscuro às alegrias e às esperanças.
O que é vertical, condição imprescindível da relação da criatura com o criador, pelo trovador de Assis, entrelaça-se com toda a força ao horizontal, ao se perceber a natureza como sagrada. É a manifestação do sacramento de Deus, no que disse o teólogo Leonardo Boff: “Desse processo que combina ternura e vigor, céu e terra, vida e morte, irrompe a irradiação de alguém que realizou sua humanidade de modo exemplar. Criou um humanismo terno e fraterno que vai além do mundo humano e que abarca toda a natureza e o próprio universo”. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, jornalista, escritor, poeta e integrante da academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
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