A explosão do reator de Chernobyl, 26 anos atrás, ficou marcada na história como o maior acidente nuclear da civilização. Suas conseqüências foram sentidas ao redor do globo e persistem até hoje.
Elementos combustíveis do reator se romperam. Houve uma violenta explosão que destruiu o revestimento da usina que pesava 1000 toneladas.Varetas de combustível derreteram a uma temperatura superior a 2000ºC. O grafite que revestia o reator pegou fogo e queimou por nove dias, liberando cem vezes mais radiação na atmosfera do que as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki.
A maior parte da radiação foi liberada nos primeiros dez dias, contaminando vastas áreas e afetando milhões de pessoas. A instabilidade do clima nos dias seguintes ao acidente levou a contaminação para grandes territórios da Escandinávia, Grécia, centro e leste europeu, sul da Alemanha, Suíça e norte da França e Grã-Bretanha.
Entre 125.000 e 146.000 quilômetros quadrados do território de Belarus, Rússia e Ucrânia foram contaminados em níveis que exigiam a evacuação total, ou a imposição de grandes restrições (a área afetada por terra é equivalente à área da Grécia ou de Bangladesh, ou de quase cinco vezes o tamanho da Holanda).
No momento do acidente, sete milhões de pessoas (incluindo três milhões de crianças) moravam em áreas próximas. Por volta de 350.000 foram expulsas ou deixaram a área afetada. Em uma perspectiva a longo prazo, a forma mais impactante de contaminação é por meio do césio-137. Dada a sua meia-vida de 30 anos, levará mais de um século para que a contaminação seja reduzida significativamente.
Níveis de césio radioativo altos o suficiente para exigir a intervenção do Estado podem ser encontrados de Chernobyl até a Escócia e Grécia. Assim como a contínua contaminação radioativa, os impactos na saúde das vítimas persistirão por várias décadas. Um estudo encomendado pelo Greenpeace, realizado em 2006 para coincidir com o 20º. Aniversário de Chernobyl, estima que o número de mortes em longo prazo no mundo provocadas pelo acidente de Chernobyl pode chegar a 100.00 pessoas. A catástrofe de Chernobyl ocorreu há 26 anos, mas continua a fazer vítimas.
Fonte: www.greenpeace.org
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