Escolhido como líder de seu povo aos 17 anos, Almir passou duas décadas buscando formas criativas de proteger suas terras. Entre as medidas mais importantes estão uma parceria inovadora com o Google. Hoje, os suruí utilizam computadores de última geração e ferramentas como o Google Earth para avisar as autoridades sobre invasões em suas terras. A iniciativa tornou a terra indígena dos Suruí em uma das menos desmatadas no país, e provocou a ira dos madeireiros ilegais, que fizeram ameaças de morte ao líder indígena.
Ao receber o prêmio na ONU, Almir também falou sobre o Plano de 50 anos para o povo Suruí, focado em quatro pilares: saúde, educação, cultura e tecnologia. Em entrevista a ÉPOCA no ano passado, ele mostrou que o plano está funcionando. O seu povo, que chegou a uma população de menos de 200 pessoas, hoje voltou a crescer. Atualmente, os suruí somam 1.300 pessoas, espalhadas em 25 aldeias entre o norte do Mato Grosso e o sul de Rondônia.
A ONU também homenageou outros quatro heróis da floresta, de países como Ruanda, Turquia, Tailândia e Porto Rico. O prêmio é entregue a pessoas que fizeram trabalhos extraordinários, em todas as partes do mundo, pela conservação de florestas.
Foto: Almir Suruí no aeroporto, em viagem para a COP-15, em Copenhague. Divulgação
(Bruno Calixto)
Revista Época
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