Padre Geovane Saraiva*
O
encontro de Paulo com o Filho de Deus foi algo maravilhoso! Mudou por completo
a sua vida, a ponto de suportar tudo por causa do reino, agradando e sendo
sempre fiel ao seu Mestre e Senhor, vivendo o que anunciava, dizendo com
humildade e coração aberto: "Pela graça de Deus, sou o que sou” (1Cr 15,
10).
O
providencial encontro de Paulo com Nosso Senhor Jesus Cristo lhe possibilitou
descobrir a imprescindível luz que o fez enxergar a dimensão transcendente da
vida. A luminosidade recebida por aquele que se tornou mestre e doutor das
nações é a grande verdade que sempre quer se manifestar a humanidade: “O
Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo”.
Paulo,
missionário por excelência, não conviveu pessoalmente com Mestre e Senhor. No
início, de perseguidor ferrenho da Igreja e dos cristãos, abraçou a fé na
viagem de Damasco e se transformou totalmente, testemunhando a partir de então,
que Jesus Cristo é o enviado do Pai. A sua missão, doravante, é ser instrumento
para levar o nome de Deus a todos os povos da terra (cf. At 9, 15). A
evangelização e a pregação não se separam da vida do mestre e doutor das
nações, o maior missionário de todos os tempos; tornando-se advogado dos pagãos
e apóstolo dos gentios.
Como
é importante pensar no maravilhoso encontro, que o fez suportar tudo por
Cristo, querendo mesmo completar na sua carne o que faltava na paixão de Cristo
(cf. Cl 1, 24). A vida a partir de sua conversão passou a ter um sentido profundo
e um valor inestimável. Paulo passa a experimentar uma descoberta maravilhosa,
onde o velho e o antigo são transformados. “Eis que faço novas todas as coisas”
(Ap 21, 6).
Paulo
nos lembra do anúncio do Evangelho, os carismas e a missão das comunidades que
abraçam a fé. Anunciar a boa nova do Senhor Jesus Cristo, foi para ele um
exigência. Por isso mesmo está disposto a tudo, até a sua própria vida por
causa do Evangelho. "Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante
da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate terminou sua corrida e
guardou a fé" (2Tm 4, 6).
O
Apóstolo Paulo recebeu do próprio do Filho de Deus a fascinante missão de fazer
acontecer a Igreja no seu início, juntamente com o Apóstolo Pedro, fecundado-a
e regando-a com o próprio sangue. Ele bebeu do mesmo cálice e tornou-se assim
grande amigo de Deus. Na sua profunda identificação com Cristo, dizia: “Eu
vivo, mas não sou que vivo, é o Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Foi preso e
depois decapitado, a golpe de espada, fecundando e tronando a Igreja cheia de
graças.
*Padre da Arquidiocese de
Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza,
da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente
da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso
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