O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Instituto José Frota (IJF) é referência no Norte e Nordeste. No entanto, a crescente demanda superlota a unidade que funciona além de seu limite. Tanto que, dos 28 leitos ofertados, o CTQ operava com 32, quatro extras, na última sexta-feira, um aumento de quase 15% do teto. Ontem, todas as 28 vagas estavam ocupadas. O atendimento ambulatorial registrou crescimento de 50% em um ano. Em 2012, 40 pessoas diariamente procuravam o ambulatório. Neste ano, o número pulou para 60 pacientes por dia. Nas segundas-feiras, esse total chega a 90 pacientes no dia.
No ano passado, 40 pessoas, em média, procuravam o ambulatório do IJF. Em 2013, este número passou para 60 e, nas segundas, chega a 90 Foto: JL Rosa
O chefe do CTQ, João Neto, avalia que uma alternativa para desafogar a unidade seria a criação de outro centro nos hospitais do Interior ou ampliar o serviço no Frotão, que já ocupa todo o sétimo andar do hospital. "A equipe é excelente e multiprofissional, mas com esforço redobrado", afirma ele.
Segundo ele, de janeiro a abril desse ano, 1.323 pessoas procuraram o serviço devido a queimaduras por diversas causas. No ano passado, no mesmo período, em média, foram atendidas 1.272. Nos 12 meses de 2012, o CTQ registrou 3.841 pacientes com queimaduras.
Entre as causas mais comuns estão choque elétrico (homens), acidentes domésticos (mulheres) e líquido quente (crianças). "As queimaduras relacionadas com fogos de artifício tiveram uma queda substancial devido às campanhas permanentes que promovemos em parceria com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel)", diz o médico.
No CTQ, são realizados, em média, 50 a 80 curativos ambulatoriais por dia. Por mês, são internados cerca de 50 pacientes. Já a taxa de ocupação varia entre 70% a 100% dos 28 leitos existentes na unidade.
Devido ao perigo com choque elétrico, a Companhia Energética do Ceará (Coelce) alerta que, na hora de programar uma festa, seja na rua ou em casa, os cuidados com a rede elétrica devem ser sempre lembrados. Por isso, chama a atenção, é preciso ficar atento a algumas dicas. Entre elas, não acender fogueira perto da rede elétrica. "Ao tocar a fiação, o fogo pode causar curto-circuito, danificando aparelhos eletroeletrônicos. Além disso, há risco de incêndio", orienta.
Outra dica importante é ficar sempre de olho nas crianças. Os pequenos adoram a época de festa junina para brincar, por isso deve-se ficar atento e mantê-las longe da fogueira. Pessoas alcoolizadas ou que estejam manuseando produtos inflamáveis também devem ficar afastadas das chamas.
Preparação
Na hora de iniciar os preparativos e a decoração da sua festa, fique bastante atento. Cuidado na hora de pendurar bandeirinhas e faixas. "Lembre-se de nunca amarrá-las em poste ou em qualquer estrutura da rede elétrica. Ao fazer isso, o brincante corre o risco de tocar na fiação e sofrer um choque", frisa.
Segundo recomendação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é importante lembrar que, na hora de montar palcos, barracas, arquibancadas ou estruturas semelhantes, deve-se respeitar a distância de 1,5 m entre o equipamento e a rede elétrica para evitar acidentes.
A Coelce ainda alerta que, para iluminar e levar energia à festa, profissionais devem fazer as instalações elétricas no local. Eles são devidamente preparados e equipados para realizarem esses serviços. "É fundamental evitar emendas e isolamentos mal feitos em fios soltos no chão, principalmente em áreas molhadas. Vale, também, lembrar que ligações clandestinas, além de sobrecarregarem a rede e causarem acidentes, são consideradas crime", destaca a empresa.
SAIBA MAIS
Como agir em caso de acidente:
1. O local deve ser isolado para que não haja a aproximação de pessoas
2. Não se deve retirar objetos ou pessoas que estejam em contato com fios da rede elétrica até que um profissional qualificado assegure que a energia foi desligada para, assim, manter a segurança e a integridade física dos presentes
3. Jamais tocar em fios partidos
4. Acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193, e a Coelce, pelo número 0800.285.0196
LÊDA GONÇALVESREPÓRTER
Diário do Nordeste
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