Francisco recordou aos membros da Pontifícia Academia que eles estão se preparando para um ministério de particular compromisso, que os colocará a serviço direto do Sucessor de Pedro, do seu carisma de unidade e comunhão, e da sua solicitude por todas as Igrejas.
O Santo Padre recordou em seguida que o serviço que se presta nas Representações Pontifícias é um trabalho que requer, como também em outros ministérios sacerdotais, uma grande liberdade interior.
Mas o que significa ter liberdade interior, perguntou o Papa? Antes de tudo – respondeu Francisco -, significa ser livres de projetos pessoais: de algumas das modalidades concretas com as quais talvez, um dia, vocês pensaram em viver o seu sacerdócio, da possibilidade de programar o futuro; da perspectiva de permanecer por mais tempo no “seu” lugar de ação pastoral. Significa tornar-se livres, em qualquer modo, também em relação à cultura e à mentalidade da qual vocês provêm, não para esquecê-las e muito menos para renegá-la, mas para se abrirem, na caridade, à compreensão de culturas diferentes e ao encontro com homens pertencentes a mundos também muitos distantes dos seus.
Sobretudo, - continou o Papa - signfica vigiar para ser livres da ambição ou aspirações pessoais, que tanto mal podem fazer à Igreja, tendo cuidado de colocar sempre em primeiro lugar não a sua realização, ou o reconhecimento que vocês poderiam receber dentro ou fora da comunidade eclesial, mas o bem superior da causa do Evangelho e a realização da missão que lhes será confiada.
Por isso – disse ainda Francisco –, voces deverão estar dispostos a integrar a sua visão de Igreja, mesmo legítima, no horizonte do olhar de Pedro e da sua peculiar missão ao serviço da comunhão e da unidade do rebanho de Cristo, da sua caridade pastoral, que abraça o mundo inteiro e que, graças à ação das Representações Pontifícias, deseja estar presente sobretudo naqueles lugares, muitas vezes esquecidos, onde são grandes as necessidades da Igreja e da humanidade.
Em síntese o Papa afirmou que o ministério que eles estão se preparando pede a eles que saíam de si mesmos; um destacar-se de si mesmo que pode ser conseguido somente através de um intenso caminho espiritual e uma séria unificação da vida ao redor do mistério do amor de Deus e do imprescrutável designio de seu chamado.
O Papa Francisco dirigiu ainda uma palavra às Irmãs que desempenham com espírito religioso e franciscano o seu serviço cotidiano em meio aos sacerdotes. São boas Mães que os acampanham com a oração, com as suas palavras simples e essenciais e sobretudo com o exemplo de fidelidade, de dedicação e de amor. Junto a elas o Papa gradeceu também os leigos que trabalham na Pontifícia Academia Eclesiástica.
Concluíndo fez votos de que eles iniciem o serviço à Santa Sé com o mesmo espírito do Beato João XXIII. (SP)
Rádio Vaticano
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