sábado, 3 de agosto de 2013

Terremotos podem agravar aquecimento global ao provocar a liberação de metano

Terremotos, como o registrado no Japão em 2011, podem agravar aquecimento global
Um estudo publicado no periódico Nature Geoscience preocupa ao afirmar que é necessário levar em conta nos modelos climáticos uma nova fonte de gases do efeito estufa: o metano liberado por terremotos.
Pesquisadores liderados por David Fischer, da Universidade de Bremen, analisaram núcleos de sedimentos retirados de dois locais do mar da Arábia e perceberam que uma grande quantidade de metano teria passado por eles a partir de algum momento na metade do século XX. 

Observando os registros sísmicos, a equipe descobriu que um grande terremoto de magnitude 8.1 aconteceu na área em 1945. “O terremoto abriu sedimentos ricos em gases fazendo com que o metano emergisse na superfície. No total, foram liberados mais de sete milhões de metros cúbicos”, explicou Fischer.

Segundo os cientistas, há enormes quantidades de metano armazenadas em estruturas chamadas de hidratos congelados no subsolo das plataformas continentais que circundam as massas de terra do planeta.

Na semana passada, outro estudo já destacava a importância de se acompanhar as emissões de metano.  De acordo com seus autores, o degelo do Ártico está liberando enormes quantidades desse gás, o que pode antecipar os efeitos do aquecimento global, trazendo graves consequências para a economia mundial.

O metano é 25 vezes mais potente para o aquecimento global do que o dióxido de carbono, porém tem um tempo de residência na atmosfera bem menor.

Fabiano Ávila / Instituto CarbonoBrasil

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