Ele é um exemplo vivo de missionário moderno que empresta sua experiência para a construção do Reino. Seu testemunho poderá servir de modelo para muitas pessoas, especialmente para jovens.
Carlo é casado e tem uma filha. Trabalhou em um comércio durante sua juventude e, em 1985, numa visita ao Santuário de Lourdes, na França, mudou radicalmente sua vida. Foi uma conversão profunda, pois já nada o satisfazia. Dali em diante, iniciou uma longa caminhada em diversos países do Oriente Médio, sempre trabalhando como voluntário.
Ser voluntário cristão
O que é ser um voluntário cristão? Carlo tem uma definição precisa do termo. "Ser voluntário cristão é colocar-se a serviço do Senhor, em qualquer lugar do mundo. É fazer qualquer tipo de trabalho, sem escolhas. É fazer tudo com humildade, acompanhado de qualquer pessoa; é dividir tudo com os companheiros. Se a gente tiver este espírito de voluntário, não haverá discussões e a convivência será pacífica, mesmo estando com pessoas de raças, de religiões e de culturas diferentes".
Conta Carlo que é difícil a evangelização nos países árabes muçulmanos. É quase impossível a conversão de um muçulmano, pois os convertidos sofrem perseguições como também suas famílias. Somente o exemplo atrai um muçulmano e pelo exemplo de fé no Cristo, os padres e irmãs missionárias realizam sua vocação, em meio a tanta intranqüilidade e conforme o país, em meio a tanta perseguição dos cristãos. Por isso, o Oriente Médio está a merecer uma predileção especial por parte da Igreja, pois ali é "a carne de garrão", a parte mais difícil de evangelizar da Igreja cristã.
A turnê do voluntário Carlo recém estava começando. Depois da Jordânia foi a vez de restaurar uma igreja nos confins da Síria, na cidade de Aleppo, a convite de um bispo local. "Foi um trabalho árduo devido às dificuldades existentes. Mas, quando é feito de coração, nada é impossível", diz Carlo. "A gente não precisa ser um especialista, mas fazendo com amor, ao final, tudo vai dar certo". Ele explica que, "o trabalho voluntário é como uma cadeia de anéis. Em cada experiência realizada acrescenta-se um anel nesta cadeia. E vão somando-se serviços e novas experiências são acrescentadas. Quando se termina um serviço, o missionário leigo deve estar pronto para acrescentar outro anel, ou seja, estar pronto para um outro serviço. Por isso, é importante crer no que se faz".
Um importante trabalho como voluntário foi feito na Casa Santa Marta, no Vaticano. Por três anos, os voluntários auxiliaram na restauração e ampliação dos 150 quartos. É ali onde reside o atual Papa Francesco. O orgulho de todos os voluntários foi que puderam conviver, de perto com Bento XVI e, inclusive, hospedaram-se em quartos reservados aos bispos em trânsito.
Atualmente os serviços dos voluntários cristãos italianos em número de 14 pessoas estão sendo feitos em Israel. A participação deles é no Projeto "Magdala Center", na então cidade de Magdala, terra natal de Maria Madalena, às margens do Lago Genezaré, perto de Cafarnaum, no norte da atual Israel. Ali, a instituição Legionários de Cristo está implantando um complexo para peregrinos que inclui uma igreja ecumênica, um restaurante e um hotel. No terreno foi descoberta uma cidade inteira com uma sinagoga dos tempos de Jesus, banhos, mercado público, casas e o cais do porto, da então cidade de Magdala. Atualmente, a equipe realiza o trabalho de pintura, limpeza e conclusão de obras da igreja, que será inaugurada no início de 2014.
"O Senhor é quem decide o próximo serviço de voluntariado. Estamos prontos para uma nova Missão, seja onde for. Não escolhemos o lugar. Se a Igreja precisa de nós, ali estamos. Somos missionários do nosso jeito, dentro de nossas limitações, porque sabemos que tudo é feito para o Senhor e para a expansão de sua Igreja", concluiu Carlo.
Fonte: www.pom.org.br
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