Padre Geovane Saraiva*
Quanta
simplicidade, humildade e abertura, ao elevar seus louvores, preces e clamores
ao Deus Criador e Pai! Sempre à luz da palavra divina, na mais absoluta
confiança, sem se afastar da pedagogia de que lhe era peculiar, na mais
profunda atitude de imparcialidade, voltava-se para um Deus justo, acolhedor e
terno, no dizer do Livro Sagrado: “Senhor é um juiz que não faz discriminação
de pessoas. Ele não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as
súplicas dos oprimidos; jamais despreza a súplica do órfão, nem da viúva,
quando desabafa suas mágoas” (Eclo 35, 15-17).
Ao
assumir a Arquidiocese de Olinda e Recife em abril de 1964, na sua mensagem, na
tomada de posse, estas foram, entre outras, as palavras do pastor dos
empobrecidos: "Quem estiver sofrendo, no corpo ou na alma; quem, pobre ou
rico, estiver desesperado, terá lugar especial no coração do bispo". O
anúncio do Evangelho foi para ele, ao mesmo tempo, candente e misericordioso,
apaixonada sensata. Na hipótese de usar de parcialidade, sempre era no sentido
de favorecer os menos favorecidos, os “sem voz e sem vez”.
Não
posso jamais me esquecer do que está na minha mente e no coração, no sentido de
enriquecer este nosso texto, a sensibilidade e o não indiferentismo, na paixão
de muitos irmãos e mesmo do planeta, bem como as palavras encantadoras do
querido Papa Francisco, do dia 16 de setembro de 2013, no encontro com clero de
Roma, sua diocese, porque o Papa é o bispo de Roma, ao afirmar: “Nós, bispos,
devemos está próximos dos sacerdotes, devemos ser caridosos com o próximo e os
mais próximos são os sacerdotes. Os mais próximos do bispo são os sacerdotes
(aplausos)! Vale também o contrário (risos e aplausos)! O mais próximo dos
padres deve ser o bispo. A caridade para com o próximo, o mais próximo é o meu
bispo. O bispo deve dizer: os mais próximos são os meus padres (...)”.
Ao
celebrar 25 anos de ministério sacerdotal (14/08/2013), motivo de agradecimento
ao bom Deus pelo nosso humilde trabalho e realizações em favor do Reino de Deus,
na nossa Arquidiocese de Fortaleza, coloquei também como algo relevante, a
exemplo de Dom Helder e agora de Francisco, o Sumo Pontífice, nossa humilde
lavra literária, nos livros já publicados e, como colunista do Jornal O Povo de
Fortaleza, além de ser articulista das revistas digitais: www.domtotal.com,
www.revistamissoes.org.br, www.catolicanet.com.br, entre outras.
Não
posso deixar de registrar uma especial mensagem, que muito me honrou, entre
muitas, do querido Arcebispo Metropolitano de Brasília, Dom Sergio da Rocha, na
sua incomensurável generosidade, ao dizer-me: “Caro Padre Geovane Saraiva, estive
rezando especialmente por você, por ocasião do seu Jubileu Sacerdotal. Porém,
naquele dia não consegui me comunicar por telefone com você. Somente nestes
dias, consegui novamente o seu e-mail com Dona Geralda, pois mudanças no
provedor me fizeram perder a lista de contatos. Desejo que você, pela graça de
Deus, seja sempre fiel e, por isso, feliz, em sua vida e ministério sacerdotal.
Deus o abençoe sempre. Abraço! +Sergio da Rocha”.
Diversos
amigos e colegas, tendo por base a comunhão afetiva e efetiva, perguntaram-me
pela presença do nosso Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio e, se ele tinha
enviado uma mensagem alusiva ao meu jubileu, para que fosse lida no final da
celebração, dentre os quais, Padre José Maria Cavalcante Costa, Padre Evaristo
Marcos, Padre José Fernandes de Oliveira, Padre Francisco de Assis Apolônio. Compreendi
essa preocupação como um gesto grandioso e inenarrável, desejando eles enaltecer
ainda mais a celebração eucarística dos meus 25 anos de vida e ministério sacerdotal,
na palavra do pastor desta Igreja de Fortaleza. Aprendamos irmãos e irmãs, do cidadão
planetário e artesão da paz, Dom Helder Câmara, com sua voz profética quanto imparcial,
consciente de que a prece do humilde atravessa as nuvens e chega aos céus;
também do Papa Francisco, na sua assertiva: “Nós bispos devemos está próximos
dos sacerdotes”.
Concluo
nosso pequeno artigo com as palavras citadas pelo Romano Pontífice, sobre a
mulher servidora e imparcial por excelência, Maria Mãe de Deus e Senhora Nossa,
no dia 16 de maio de 2013: “Mãe da beleza, que floresce da fidelidade ao
trabalho cotidiano, despertai-nos da inércia e da indolência, da mesquinhez e
do derrotismo. Reveste os Pastores daquela compaixão que unifica e integra:
descobriremos a alegria de uma Igreja serva, humilde e fraterna”. Assim seja!
*Padre
da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, articulista, blogueiro, membro da Academia
Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do
Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de
Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com
Autor dos livros:
“O peregrino da Paz” e
“Nascido Para as Coisas Maiores” (centenário de Dom Helder Câmara);
“A Ternura de um Pastor” -
2ª Edição (homenagem ao Cardeal Lorscheider);
“A Esperança Tem Nome”
(espiritualidade e compromisso);
"Dom Helder: sonhos e
utopias" (o pastor dos empobrecidos);
"25 Anos sobre Águas
Sagradas (coletânea de artigos e fotos).
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