domingo, 6 de outubro de 2013

A missão como atenção às pessoas

FÁTIMA
Conversas Contemporâneas da Consolata

Texto Darci Vilarinho | Foto Ana Paula | 05/10/2013 | 14:48
IMAGEM: 1 2
Stefano Camerlengo, Superior Geral dos Missionários da Consolata
«Ter as pessoas no coração, prestando atenção às necessidades dos outros; estar junto deles especialmente lá onde há sofrimento, solidão e violência; cuidar dos mais fracos e marginalizados é a missão, que espalha o amor e faz as pessoas mais felizes»
IMAGEM

«Desejamos estar presentes no meio do povo onde trabalhamos de uma maneira simples e fraterna, estabelecendo contactos pessoais, e estando atentos aos seus problemas e necessidades concretas» foi assim que, citando um artigo das Constituições do seu Instituto, o Superior geral, Stefano Camerlengo, iniciou a sua intervenção perante uma assembleia bastante numerosa de participantes nas Conferências Contemporâneas da Consolata, no Centro Allamano, em Fátima.

O tema abordou sobretudo a missão como encontro, como presença entre as pessoas, feita de contactos pessoais e entrosamento nos problemas que afetam as pessoas. Por isso, afirmou o conferencista, «mais do que missão ad gentes, hoje fala-se de missão inter gentes».

Foi esta aliás, a grande intuição do Beato Allamano, Fundador do Instituto da Consolata, que há cem anos reiterava a importância do missionário «como primeiro bem de uma comunidade», onde deve ser «acolhido com amor e confiança, manifestando apreço pelas qualidades que o Espírito concede a cada um e pelo enriquecimento que provém das diversas culturas».

Na interculturalidade, que respeita o valor de cada pessoa, está o sentido profundo da missão do futuro, declarou Stefano Camerlengo, dizendo que «no último Capitulo Geral, o Instituto optou por uma mudança revolucionária» quando afirmou que «se queremos mudar a missão, os primeiros a mudar somos nós». E confirmou esta posição com «a Igreja do Papa Francisco, que é a Igreja que quer caminhar ao lado das pessoas».

Mesmo sabendo que nestas coisas «a Igreja caminha lentamente, como um elefante», esta atitude de conversão permanente dá muita esperança e confiança no futuro. O nosso tempo «é um tempo desafiante, onde o amor verdadeiro, baseado sobre a justiça» coloca bases seguras para uma mudança da situação.

António Pinto Leite, presidente da ACEGE, que tinha falado anteriormente, acrescentou a este propósito que «A Igreja não tem bem a noção do enorme valor da presença da pessoa consagrada no mundo» e rematou afiançando que «a Igreja é a maior história de amor que existe no mundo» e a «ética do amor é, a longo prazo, o melhor instrumento da economia».     

Nenhum comentário:

Postar um comentário