sábado, 23 de novembro de 2013

Em cena, as alegrias e tristezas da velhice

Dois dias para ver Maitê Proença, em BH, na peça 'À beira do abismo me cresceram asas'.


Maitê Proença e Clarisse Derzié Luz em `A beira do abismo...'
Por Cristina Sanches

As histórias de vida de duas senhoras moradores de um asilo dão o tom do espetáculo “À Beira do Abismo me Cresceram Asas”, com dramaturgia, direção e interpretação de Maitê Proença, e que terá duas apresentações em Belo Horizonte, nos dias 23 e 24 de novembro, no Sesc Palladium. Trata-se de um texto poético, emotivo e divertido, que leva o público às gargalhadas com os diálogos entre Terezinha (Maitê Proença) e Valdina (Clarisse Derzié Luz). Sem as máscaras habituais da juventude e com a ausência de qualquer cerimônia, as personagens falam sobre diversos assuntos como sexo, homens, mulheres, família, abandono, felicidade e nostalgia, com muita naturalidade e bom humor. 

Embora diferentes na personalidade, Terezinha (86) e Valdina (80) têm em comum a praticidade dos que aprenderam a simplificar a vida, já que não há tempo para complicá-la. Valdina leva o dia a dia com otimismo, sem nostalgias, mas carrega um grande segredo. Já Terezinha é de temperamento carrancudo, ainda que bem resolvido. 

O texto de Maitê Proença faz refletir sobre o tempo, as emoções da vida, a solidariedade e a importância de compartilhar, em um misto de humor e delicadeza. Para escrever a peça, Maitê buscou depoimentos de idosos em asilos, o que a possibilitou aproximar-se da realidade. 

Maitê, a escritora

Depois de estrear no Rio de Janeiro, em 2013, com grande sucesso de crítica e público,  “À Beira do Abismo me Cresceram Asas” passou por São Luís (MA), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e esteve em cartaz no Teatro FAAP e no Teatro Itália, em São Paulo, por dois meses e meio em cada. Agora, o espetáculo pega a estrada e aporta em quatro capitais do país: Natal, Recife, Belo Horizonte e Brasília. Em recife, Maitê também participará da Fliporto.  Em janeiro e fevereiro de 2014, a montagem retorna aos palcos do Rio de Janeiro para duas curtíssimas temporadas populares, uma no Teatro Carlos Gomes e a outra no Centro Cultural João Nogueira – Imperator. 

Paralelamente à carreira de atriz, e dramaturga, Maitê Proença segue seu trabalho como escritora. O seu terceiro livro, ‘É duro ser cabra na Etiópia’, já nas livrarias, pela editora Agir, e apresenta aos leitores uma nova faceta em sua trajetória: a de editora. Maitê foi quem selecionou os textos que compõe o livro, a partir de mais de 2 mil crônicas enviadas a ela, por meio de um site criado especialmente para receber o conteúdo. Entre os autores estão anônimos e famosos, como José Eduardo Agualusa, Tatiana Salem Levy, Clarisse Niskier, Jorge Forbes, Carlos Heitor Cony e a própria Maitê.  O projeto gráfico, absolutamente original, foi criado por Maitê junto aos designers da Cubículo, com páginas coloridas que foram diagramadas individualmente.

SERVIÇO

“À Beira do Abismo me Cresceram Asas”, com Maitê Proença e Clarisse Derzié Luz

Data: 23 e 24 de novembro (sábado e domingo) 
Horário: 21h (sábado) e 18h (domingo)
Local: Sesc Palladium
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e (R$ 40,00 meia)
Classificação: 12 anos
Informações: (31) 3270-8100

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